O porta-voz do Ministério Público, Melvin Duarte, disse à Agência Efe que a Procuradoria Especial da Infância "abrirá na segunda-feira uma investigação sobre a suposta venda de meninas" para determinar se esse tipo de atividade ocorre em comunidades hondurenhas vizinhas à Nicarágua.
A presidente do Fórum Permanente para Questões Indígenas das Nações Unidas, Mirna Cunningham, denunciou em Manágua no último dia 26 que meninas e adolescentes das comunidades de Rio Coco, na Região Autônoma do Atlântico Norte (RAAN) da Nicarágua, são vendidas aos narcotraficantes por até US$ 2 mil.
Duarte indicou que "uma equipe da Procuradoria Especial da Infância de Honduras se transferirá até a área" fronteiriça para começar a averiguar a denúncia.
Acrescentou que desconhece se a Nicarágua fez uma solicitação formal para que Honduras colabore na investigação do caso que iniciaram as autoridades nicaraguenses.
Mirna Cunningham, líder miskita nicaraguense, denunciou que meninas e adolescentes de até 15 anos são vendidas na zona de Waspan com o aparente consentimento de seus pais.
"Até o momento conhecemos a situação pelas organizações de mulheres da região, mas não há denúncias oficiais desta situação", seguramente pelo temor de represálias, disse Mirna.
Waspam, um dos oito municípios da RAAN, de 9,3 mil quilômetros quadrados de extensão, é habitada principalmente por miskitos, mayagnas e outras etnias.
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