Gilmar Mendes nega relacionamento com Cachoeira ( confira aqui a nota )
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou com veemência qualquer ligação com o contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, preso desde o mês de fevereiro, durante a operação Monte Carlos, da Polícia Federal, para apurar esquema de jogos ilícitos em Goiás.
"Absolutamente, absolutamente não tenho nenhuma ligação com ele [Carlos Cachoeira]", garantiu Mendes, ao refutar um provável relacionamento com o bicheiro em entrevista concedida há pouco ao Olhar Direto, que reproduziu matéria do jornal O Estado de São Paulo., na qual se tenta mostrar um vínculo entre o ministro e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM e atualmente sem partido). "Isso não existe", assevera Gilmar Mendes.
Segundo o ministro, mato-grossense de Diamantino, Demóstenes deve ter se aproveitado do prestígio que gozava junto aos membros do Poder Judiciário, como ele, para mostrar a Carlos Cachoeira que poderia ajudar em alguma situação do interese do contraventor.
"Oras, essa era uma decisão que iria parar no Supremo, porque tratava-se de um conflito entre a Celg [Companhia Energética de Goiás] e a Eletrobras e, consequentemente, a União", justifica Mendes, ao ressaltar ainda que muitas autoridades públicas se relacionavam "com naturalidade" com o senador Demóstenes Torres, suspeito de manter relações muito próximas com Cachoeira, além de fazer lobby.
Confira a íntegra da nota:
Em diálogo de 16 de agosto do ano passado, o senador Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira conversaram por telefone sobre um processo relativo à CELG, companhia de energia de Goiás, que tramita no STF (Reclamação Nº 12.130). Transcrevo abaixo o que disse o senador:
“Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da CELG aí, viu? O Gilmar mandou buscar... deu repercussão geral pro trem aí... dependendo da decisão dele pode ser que essa CELG se salva, viu!”
A respeito, gostaríamos de saber se o ministro Gilmar Mendes foi procurado pelo senador Demóstenes Torres ou por outra pessoa para tratar sobre esse processo. Em caso positivo, quem o procurou e o que foi discutido.
“Trata-se de reclamação que foi julgada procedente em 15.8.2011(decisão publicada no Diário da Justiça de 18.8.2011), na forma da jurisprudência do STF, para determinar que a ação envolvendo a CELG e o Estado de Goiás em um pólo e a União no outro é de competência do Supremo. Atualmente, há um agravo regimental pendente de julgamento nesta ação. O Sen. Demóstenes não me procurou para falar sobre essa questão e também não fui procurado por qualquer outra pessoa para tratar do assunto”.
Mais informações em instantes.
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