Cheia no AM já atinge mais de 61 mil famílias
No Amazonas, mais de 61 mil famílias já foram afetadas com a cheia dos rios e 36 municípios decretaram situação de emergência. A previsão é que as chuvas diminuam entre este e o próximo mês. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) avalia a cheia de 2012 como "grande", mas que não deve bater o recorde histórico registrado em 2009. De acordo com a Defesa Civil do Estado, ao todo 61.820 famílias, localizadas em 36 municípios nas calhas dos rios Juruá, Madeira e Solimões, estão sofrendo com a cheia dos rios.
O Estado tem distribuído kits básicos de higiene pessoal, de limpeza, medicamentos, dormitório, filtros microbiológicos e hipoclorito de sódio. As ações do governo estão acontecendo desde fevereiro. Em uma nova ação, 25 municípios que decretaram situação de emergência receberão a ajuda humanitária, ao todo mais de 120 toneladas de kits deverão ser distribuídos. Na etapa seguinte, os demais municípios serão atendidos.
Na primeira etapa de auxílio financeiro, o Estado reverteu R$ 850 mil, sendo R$ 100 mil para cada um dos sete municípios do Juruá (Envira, Eirunepé, Guajará, Ipixuna, Carauari, Itamarati, Juruá) e R$ 150 mil para Boca do Acre, no Purus.
Além disso, as famílias desses municípios, um total de 11.180, já receberam o cartão Amazonas Solidário no valor de R$ 400. Outras 6.164 famílias, que moram nos municípios de Lábrea, Puiní, Canutama e Tapauá receberão o cartão Amazonas Solidário. O governo Federal repassou ao Estado um total de R$ 105,5 milhões para auxiliar os afetados pela cheia.
Balanço da situação
O superintendente regional do CPRM em Manaus, Marco Antonio de Oliveira, informou que hoje a preocupação maior é quanto à calha do Solimões, que vai do município de Tabatinga até Parintins. "No Solimões, nos afluentes e no rio Negro a previsão ainda é de subida do nível dos rios para este mês. O Negro só deve parar de subir em junho".
Anualmente, o Estado é afetado com a cheia e a seca. Os ribeirinhos estão acostumados com o fenômeno e a orientação da CPRM é quanto às mudanças que deverão fazer em relação ao ambiente que vivem. A orientação deste ano, segundo Oliveira, foi a de que os ribeirinhos devem subir um metro o assoalho de suas casas tendo como base a marca da cheia do ano passado.
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