Alicia Castro, ex-embaixadora da Argentina na Venezuela, assumiu seu posto em Londres em março, bem quando as tensões subiram entre Grã-Bretanha e Argentina 30 anos após a guerra entre os dois países pelo controle das ilhas no Atlântico Sul, conhecidas pelos britânicos como Falklands.
A nomeação de Alicia Castro para um posto vago desde 2008 é parte de uma iniciativa de Buenos Aires para colocar a questão das Malvinas de volta à agenda internacional.
Deixando de lado as delicadezas diplomáticas, Alicia Castro parou o secretário britânico William Hague com a questão quando ele lançava a revisão anual mundial de direitos humanos em uma cerimônia que contou com a presença de diplomatas, jornalistas e ativistas dos direitos humanos em Londres.
"Ao ver que a ONU e a comunidade internacional e um grande grupo de vencedores do Nobel instam ambos os países a (iniciar) as negociações a fim de achar uma resolução pacífica e permanente, minha questão é: você está pronto para o diálogo? Vamos dar uma chance à paz?", perguntou quando Hague respondia perguntas da plateia.
Um perturbado Hague, intuindo que a embaixadora argentina iria começar uma longa discussão, interrompeu-a várias vezes, pressionando-a a fazer uma pergunta, antes de cortá-la com um "obrigado. Já é o bastante. Pare".
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, lançou uma ampla ofensiva diplomática para garantir a reivindicação de seu país sobre as ilhas, acusando a Grã-Bretanha de manter "enclaves coloniais" e pedindo que Londres abrisse negociações.
A Grã-Bretanha disse que concordaria com negociações apenas se os 3.000 habitantes da ilha quisessem isso - algo que eles não dão indícios de querer.
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