No caso, a investida foi no diretório do PRTB de Goiás. O presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, é citado nas conversas, gravadas pela polícia em maio do ano passado. Fidelix disse que as acusações "não fazem sentido", e que ele não conhece Carlinhos Cachoeira.
De acordo com as gravações, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos auxiliares de Cachoeira, é quem sugere o partido para Cachoeira.
Dadá: O cara que é o presidente nacional. É um tal de Levy Fidelix. É difícil de mexer toda a vida, viu? É um cara complicado, mas eu acho que tem chance também.
Carlinhos: Ué, se negociar ele entregar o partido. Você acha que depois ele pode trair o ???
Dadá: Acho que tem que cumprir os acordos financeiros com ele escalonado. Tem que pagar na frente e tchau.
Carlinhos: É vou ver então.Tchau.
Três dias depois, Cachoeira e Dadá conversam sobre valores que seriam pagos a um partido.
Dadá: Aquele valor que eu falei procê já aumentou, entendeu? Falou que era 200, passou para 300.
Cachoeira: Que que é isso? Os caras tão roubando. Que garantia que tem?
Dadá: Disse que faz na hora, entendeu? O presidente vem e faz tudo entendeu e vai para o TRE. Resolve tudo. Isso aí, o cara fica com o estado todo na mão, né? Aí ele nomeia os municipais. Foi o que ele me falou.
Cachoeira: Oferece R$ 150 mil. Até R$ 200 mil dá pra fazer. Mas tem que ter garantia né, Dadá?
Dadá: Falou, então.
Uma semana depois, Dadá avisa Cachoeira.
Carlinhos:Conseguiu falar com o Fidelix?
Dadá: Tá no Paraná. Tá chegando dez horas. Colega vai pegar ele lá.
De acordo com a investigação da operação Monte Carlo, as conversas sobre compra do partido vão até agosto. Cachoeira continua interessado. Cobra de Dadá uma definição. Insiste que ele marque uma conversa com Levy Fidelix para desenrolar o assunto. Mas a polícia não descobriu se houve o tal encontro e se o negócio foi mesmo fechado.
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