Inflação pelo IPC deve perder força em maio, prevê FGV
Maio deve dar início a um novo ciclo de desaceleração na inflação no varejo. A estimativa da FGV (Fundação Getulio Vargas) é de que a alta do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) baixe de 0,52% em abril para 0,30% neste mês.
"Na ausência de fatores atípicos, esse movimento deve persistir até outubro", diz Paulo Picchetti, coordenador do IPC-FGV.
Nesta quarta-feira (2), a FGV divulgou que o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) passou de 0,57% para 0,52% da terceira para a quarta quadrissemana de abril.
Ele explica que a tendência se baseia na menor pressão inflacionária em alimentos e serviços, além de não haver previsão de novos aumentos em tarifas administradas. A desaceleração do indicador entre abril e maio, afirma Picchetti, contará ainda com o fim da influência dos preços de cigarros, que no mês passado subiram 9,66% com o aumento no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
No caso de medicamentos, que tiveram aumentos autorizados em abril, ele observa que é possível aparecerem altas residuais em maio, uma vez que nem sempre as farmácias fazem o ajuste de preços imediatamente.
Já o comportamento dos preços dos alimentos, que se revelou uma surpresa ao subir 0,38% em abril, quando a alta esperada pela FGV era de cerca de 0,60%, deve continuar ajudando a segurar a inflação, segundo a entidade.
Picchetti pontua que, por uma questão sazonal, o grupo tende a desacelerar a partir desse mês, podendo até registrar deflação em meados do ano.
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