Dois homens e uma mulher suspeitos de integrar uma quadrilha que vinha aplicando vários golpes em comércios foram presos em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, nesta quarta-feira (2). Eles foram detidos em flagrante após tentar comprar 10 baterias de veículo em uma loja de autopeças. De acordo com a Polícia Civil, a compra teria sido efetuada por um outro suspeito que encontra-se foragido.
A polícia informou que o suspeito simulou ter efetuado um depósito bancário no valor de R$ 3,6 mil. No entanto, o vendedor foi a uma agência bancária e notou que o envelope estava vazio e, ao retornar para o estabelecimento, um taxista que estava parado na frente disse que tinha ido buscar as baterias a pedido de outra pessoa.
A vítima então conversou com o taxista e ele passou o contato e o endereço da pessoa que tinha lhe pedido para buscas as mercadorias. Desse modo, o comerciante chamou a polícia quando o taxista estava levando quatro baterias na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. Um dos suspeitos que aguardava o recebimento das mercadorias foi detido por policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande, que já investigava o caso.
Após ser detido, segundo a polícia, o suspeito contou que na residência dele tinham outros produtos que eram frutos dos golpes. O suspeito, de 50 anos, telefonou para outro suposto integrante do grupo criminoso e pediu que buscasse as mercadorias onde ele estava. Algum tempo depois, conforme a polícia, uma mulher de 29 anos e um homem de 31, que trabalha em uma empresa de segurança privada, chegaram ao local e também foram presos.
Em depoimento ao delegado Thormires Godoy, da Delegacia Metropolitana de Várzea Grande, a mulher alegou que recebeu uma ligação de um conhecido dizendo que era para buscar lençóis para revender porque precisa de uma renda extra e, como não tem carro, disse ter pedido ao outro suspeito, que é seu vizinho, para levá-la.
No despacho, o delegado afirmou que a partir de meios fraudulentos os suspeitos causavam prejuízos às vítimas ao fazer compras por meio do chamado golpe do "envelope vazio". Segundo ele, as investigações apontam que eles aplicavam os golpes rotineiramente.
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