Policiais removem sacos de lixo com os corpos desmembrados dos fotógrafos na cidade de Boca del Río
Foto: AP
Os corpos mutilados de dois repórteres fotográficos mexicanos foram encontrados nesta quinta-feira pela polícia no Estado de Veracruz, leste do país, em ataques que confirmam a reputação do México como um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo na atualidade. Os cadáveres de Guillermo Luna e Gabriel Huge estavam em sacos de lixo atirados num canal na localidade de Boca del Río, segundo nota divulgada pelo governo estadual.
Outros dois corpos encontrados no canal ainda não foram identificados. O governo disse que os assassinatos têm as marcas do crime organizado, termo que no México costuma se referir a cartéis de traficantes. Luna trabalhava na agência Veracruznews, e Huge estava até recentemente no jornal Notiver e havia recebido ameaças nos últimos meses, segundo colegas.
No começo da semana, outra jornalista de Veracruz, Regina Martínez, foi encontrada morta com sinais de agressões e estrangulamento em sua casa, na localidade de Xalapa. Ela trabalhava na revista de maior circulação no México, a Proceso, e costumava escrever sobre o narcotráfico e seu envolvimento com policiais.
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