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Internacional
Sexta - 04 de Maio de 2012 às 22:06

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O governo da Bolívia negou que tenha estabelecido o próximo dia 25 como prazo final para que brasileiros que vivem em zona de fronteira deixem o país.

Na semana passada, o governo do Acre afirmou que integrantes do Exército boliviano haviam dado um ultimato a pequenos agricultores brasileiros instalados no departamento de Pando (extremo norte da Bolívia).

Os militares também agiram violentamente, queimando casas e matando animais dos imigrantes, e entraram em território brasileiro para abastecer veículos e buscar mantimentos, segundo o governo acriano.

Na última quarta-feira, o vice-chanceler da Bolívia, Juan Carlos Tejada, disse ao embaixador do Brasil em La Paz, Marcel Biato, que o prazo para a retirada dos brasileiros continua sendo 31 de dezembro, conforme acordo assinado pelos dois países.

A saída dos imigrantes é obrigatória porque a legislação boliviana determina que estrangeiros não podem adquirir ou ocupar terras numa faixa de 50 km da fronteira.

Em relação à entrada de tropas na cidade acriana de Capixaba, a Folha apurou que a Chancelaria boliviana disse que se tratava de um patrulhamento de rotina na zona de fronteira.

COMPENSAÇÃO

A embaixada brasileira em La Paz afirma que ainda espera um relatório formal da Bolívia explicando o incidente e que pretende buscar uma compensação às famílias que tiveram perdas na ação dos militares.

Atualmente, vivem na zona de fronteira cerca de 335 famílias de brasileiros que sobrevivem principalmente da coleta de castanha.

A retirada deles está sendo administrada pela OIM (Organização Internacional para as Migrações), contratada pelo governo brasileiro.

Nos últimos dois anos, foram reassentadas 19 famílias em território boliviano fora de zona de fronteira.

Outras 120 foram incluídas na reforma agrária brasileira e receberam terras da União no Estado do Acre. 






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