Martins afirma que a garota tinha 2 anos quando desapareceu. Ele diz que a menina foi levada para um abrigo em Dourados em março de 2011. Na época, segundo ele, o suspeito morava com a criança em uma casa na cidade e a impedia de ir à escola e sair na rua. Isto, conforme o juiz, fez com que uma denúncia anônima de cárcere privado fosse feita à polícia.
Ainda de acordo com Martins, conselheiros tutelares levaram a menina para um abrigo, enquanto o pai foi chamado para prestar depoimento na delegacia da cidade. A Polícia Civil disse ao G1 que o homem passou nomes falsos dele e da garota, foi liberado e fugiu levando os documentos pessoais da filha.
O juiz relata que a garota não foi encaminhada para adoção porque não tinha documentos de identidade. “Nós não sabíamos a nacionalidade dela, mas descobrimos que havia morado com o pai no Paraguai, em Pedro Juan Caballero”, afirma Martins.
Segundo ele, a vara da infância entrou em contato com a embaixada paraguaia e perguntou se havia registros de crianças com o nome informado pelo pai da garota, o que não foi confirmado.
Em janeiro de 2012, segundo Martins, a embaixada argentina entrou em contato com a Polícia Civil em Dourados pedindo informações sobre a menina. As informações foram repassadas à vara da infância. “Fomos informados pela embaixada de que o pai, que está foragido, entrou em contato com a mãe da criança e informou que ela estava aqui na cidade”, afirmou o juiz.
Um exame de DNA foi feito e o resultado, que saiu em abril de 2012, confirmou que a garota era a criança sequestrada em 2005.
A embaixada não informa quando a menina chegará a Buenos Aires. Disse apenas que a garota está “em trânsito” até o país vizinho.
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