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Internacional
Sábado - 05 de Maio de 2012 às 14:31

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A audiência de cinco prisioneiros de Guantánamo acusados de planejar os ataques de 11 de setembro teve um começo difícil neste sábado (5), quando os réus retiraram seus fones de ouvido e se recusaram a ouvir uma tradução das perguntas do juiz.
 
Policiais fazem a proteção em base militar em Fort Hamilton, no bairro do Brooklyn, em Nova York. Parentes de vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 têm acesso para entrar na base e ver a audiência com cinco acusados de envolvimento pelos ataques. A audiência é transmitida em circuito fechado de TV para Fort Hamilton.  (Foto: Craig Ruttle/AP)
Policiais fazem a proteção em base militar em Fort Hamilton, no bairro do Brooklyn, em Nova York.



Parentes de vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 têm acesso à base para poder ver a audiência com cinco acusados de envolvimento pelos ataques. A audiência é transmitida em circuito fechado de TV para Fort Hamilton. (Foto: Craig Ruttle/AP)

O réu confesso Khaled Sheikh Mohamed, que planejou os ataques, se recusou a responder as perguntas do juiz sobre se estava satisfeito com os advogados e militares dos Estados Unidos.

"Eu acredito que o sr. Mohamed se recusará a enfrentar o tribunal. Eu acredito que ele está profundamente preocupado com a justiça do processo", disse seu advogado civil, David Nevin. 

Mohamed parecia abatido e sua barba tinha um tom avermelhado. Ele usava um turbante branco redondo e túnica branca.

O réu Ramzi bin al-Chaiba se levantou, ajoelhou no chão e rezou no tribunal vigiado por uma fila de guardas em uniformes camuflados, mas não interferiu.

Já o réu Wallid bin Attach foi firmemente amarrado em uma cadeira de restrição após se recusar a comparecer ao tribunal voluntariamente. O juiz o libertou depois que ele prometeu se comportar dentro do tribunal.

Khaled Sheikh Mohamed, em imagem de março de 2003 (Foto: Reuters/U.S. News & World Report)
Khaled Sheikh Mohamed, em imagem de março de 2003 (Foto: Reuters/U.S. News & World Report)



Quando todos os réus se recusaram a usar os fones de ouvido que lhes permitiam ouvir a tradução de inglês para árabe das perguntas, o juiz interrompeu a audiência rapidamente e, em seguida, retomou com um intérprete fornecendo tradução que era audível por todo o tribunal.

Mohamed e os demais réus, que podem ser submetidos à pena de morte, enfrentam sete acusações decorrentes dos ataques em 2001, que mataram 2.976 pessoas em Nova York, Washington e Pensilvânia, e levaram os EUA a iniciar uma mortal e custosa guerra global ainda em curso contra a Al Qaeda e seus simpatizantes.

A última aparição dos réus no tribunal havia sido em dezembro de 2008, quando Mohamed se confessou culpado.






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