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Carolina nasceu com 360 gramas e 27 centímetros. A mãe, Alexandra, chegou ao hospital grávida no quinto mês. As chances do bebê sobreviver eram menores que 10%.
Menor bebê prematuro a sobreviver no Brasil volta para casa
O Fantástico acompanha a luta de Carolina, o menor bebê prematuro a sobreviver no Brasil. Uma vitória da esperança.
A foto do pezinho de Carolina sobre a mão da enfermeira Fabiana impressiona. Afinal, é um bebê de 360 gramas e 27 centímetros. Nunca ninguém do Hospital Vila da Serra, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, tinha visto uma recém-nascida tão pequena e leve.
A mãe, Alexandra, chegou ao hospital grávida no quinto mês. Estava com pressão altíssima e sofrendo ataques de convulsão. Era dia 16 de novembro de 2011. “Foi identificado que manter a gravidez seria prejudicial para a saúde da mãe, quando então foi indicada a interrupção da gestação”, lembra o ginecologista Marco Melo.
Os médicos não tiveram escolha: apressaram o parto. Logo, a mãe estaria sã e salva. Mas as chances do bebê sobreviver eram menores que 10%. No Brasil, nenhum prematuro tão pequeno havia resistido.
No mundo inteiro, até hoje, só 138 bebês prematuros com menos de 400 gramas sobreviveram. Desses, apenas quatro eram menores que Carolina.
Durante cinco meses e meio, Carolina ficou na UTI Neonatal. Só os pais tinham acesso ao local. A sala é pouco iluminada porque nela os médicos tentam reproduzir um ambiente parecido com o útero da mãe para que crianças, como Carol, possam se desenvolver. “Os órgãos estão todos formados, mas eles não estão amadurecidos ainda, não desenvolveram”, aponta a pediatra Tilza Tavares.
Como sabia que as chances da menina eram baixíssimas, a equipe médica deu uma atenção especial. “No dia em que ela chegou, falei: ‘gente, ela é pequena, mas você vê vida, tem uma vitalidade, tem uma luz, uma energia que eu não consigo explicar’”, lembra a pediatra.
O primeiro passo foi colocar Carolina em uma incubadora que umidifica e esquenta a pele do bebê 24 horas. Carol, como passou a ser chamada, precisou ser entubada, porque os pulmões ainda não funcionavam sozinhos. O intestino também ainda não estava preparado para receber o leite materno. Então, foi criado um cordão umbilical artificial por onde a bebê se alimentava de soro. Quase seis meses se passaram e hoje aquele bebê pequeno se transformou em uma menina com 3,365 quilos e 47 centímetros.
“Mesmo ela estando ruim, na incubadora, eu poderia encostar a mão nela, afagava o peitinho dela e falava: ‘minha filha, resista. Resista que você vai conseguir. Luta, viva, viva para mim’. Acho que ela escutou”, conta Alexandra Terzis, mãe de Carolina.
Assim, acabou tirando do carioca Arthur o título do menor recém-nascido sobrevivente do país. O menino nasceu com 385 gramas - 25 gramas a mais que Carol - cresceu como uma criança normal e hoje tem cinco anos.
Os pais de Arthur mostram com orgulho a tatuagem feita do pezinho do então recém-nascido. Com experiência, dizem o que devem estar sentindo a mãe e o pai de Carolina: “Acho que os momentos difíceis passaram. Agora, eles vão relaxar, curtir mais. Não vai ter tanta gente em cima do bebê deles”, diz Ana Paula Carvalho, mãe de Arthur.
Não é bem assim. Mal chegou em casa, e Carolina já recebeu visita de parte da equipe médica. “Ela ficou quase seis meses com a gente. A gente pega um carinho, um amor muito grande”, comenta a enfermeira Fabiana da Costa. “Nota 10. A mãe está de parabéns, cuidando direitinho”, afirma a pediatra.
“Receber ela nos meus braços foi uma sensação que eu nunca senti antes. Poder ser a mãe da Carolina, dessa menina guerreira, dessa menina lutadora, é um orgulho para mim”, declara Alexandra Terzis.
“A gente fica muito feliz de fazer parte dessa história da Carol. Quando ela tiver maior, chegar lá no CTI andando para visitar a gente, a gente vai estar esperando ela de braços abertos”, destaca a enfermeira Aline Azevedo.
A mão que aparece na foto junto com o pezinho da recém-nascida Carolina era da enfermeira Fabiana. “O pezinho está bem maior! Depois de tudo que ela passou e hoje a gente está vindo aqui ver como ela está, é muito emocionante”, comenta.
“Eu agradeço do fundo do coração. Muito obrigado por ter salvado a vida da nossa filha. Muito obrigado”, diz Thiago Fernandes, pai de Carolina.
A foto do pezinho de Carolina sobre a mão da enfermeira Fabiana impressiona. Afinal, é um bebê de 360 gramas e 27 centímetros. Nunca ninguém do Hospital Vila da Serra, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, tinha visto uma recém-nascida tão pequena e leve.
A mãe, Alexandra, chegou ao hospital grávida no quinto mês. Estava com pressão altíssima e sofrendo ataques de convulsão. Era dia 16 de novembro de 2011. “Foi identificado que manter a gravidez seria prejudicial para a saúde da mãe, quando então foi indicada a interrupção da gestação”, lembra o ginecologista Marco Melo.
Os médicos não tiveram escolha: apressaram o parto. Logo, a mãe estaria sã e salva. Mas as chances do bebê sobreviver eram menores que 10%. No Brasil, nenhum prematuro tão pequeno havia resistido.
No mundo inteiro, até hoje, só 138 bebês prematuros com menos de 400 gramas sobreviveram. Desses, apenas quatro eram menores que Carolina.
Durante cinco meses e meio, Carolina ficou na UTI Neonatal. Só os pais tinham acesso ao local. A sala é pouco iluminada porque nela os médicos tentam reproduzir um ambiente parecido com o útero da mãe para que crianças, como Carol, possam se desenvolver. “Os órgãos estão todos formados, mas eles não estão amadurecidos ainda, não desenvolveram”, aponta a pediatra Tilza Tavares.
Como sabia que as chances da menina eram baixíssimas, a equipe médica deu uma atenção especial. “No dia em que ela chegou, falei: ‘gente, ela é pequena, mas você vê vida, tem uma vitalidade, tem uma luz, uma energia que eu não consigo explicar’”, lembra a pediatra.
O primeiro passo foi colocar Carolina em uma incubadora que umidifica e esquenta a pele do bebê 24 horas. Carol, como passou a ser chamada, precisou ser entubada, porque os pulmões ainda não funcionavam sozinhos. O intestino também ainda não estava preparado para receber o leite materno. Então, foi criado um cordão umbilical artificial por onde a bebê se alimentava de soro. Quase seis meses se passaram e hoje aquele bebê pequeno se transformou em uma menina com 3,365 quilos e 47 centímetros.
“Mesmo ela estando ruim, na incubadora, eu poderia encostar a mão nela, afagava o peitinho dela e falava: ‘minha filha, resista. Resista que você vai conseguir. Luta, viva, viva para mim’. Acho que ela escutou”, conta Alexandra Terzis, mãe de Carolina.
Assim, acabou tirando do carioca Arthur o título do menor recém-nascido sobrevivente do país. O menino nasceu com 385 gramas - 25 gramas a mais que Carol - cresceu como uma criança normal e hoje tem cinco anos.
Os pais de Arthur mostram com orgulho a tatuagem feita do pezinho do então recém-nascido. Com experiência, dizem o que devem estar sentindo a mãe e o pai de Carolina: “Acho que os momentos difíceis passaram. Agora, eles vão relaxar, curtir mais. Não vai ter tanta gente em cima do bebê deles”, diz Ana Paula Carvalho, mãe de Arthur.
Não é bem assim. Mal chegou em casa, e Carolina já recebeu visita de parte da equipe médica. “Ela ficou quase seis meses com a gente. A gente pega um carinho, um amor muito grande”, comenta a enfermeira Fabiana da Costa. “Nota 10. A mãe está de parabéns, cuidando direitinho”, afirma a pediatra.
“Receber ela nos meus braços foi uma sensação que eu nunca senti antes. Poder ser a mãe da Carolina, dessa menina guerreira, dessa menina lutadora, é um orgulho para mim”, declara Alexandra Terzis.
“A gente fica muito feliz de fazer parte dessa história da Carol. Quando ela tiver maior, chegar lá no CTI andando para visitar a gente, a gente vai estar esperando ela de braços abertos”, destaca a enfermeira Aline Azevedo.
A mão que aparece na foto junto com o pezinho da recém-nascida Carolina era da enfermeira Fabiana. “O pezinho está bem maior! Depois de tudo que ela passou e hoje a gente está vindo aqui ver como ela está, é muito emocionante”, comenta.
“Eu agradeço do fundo do coração. Muito obrigado por ter salvado a vida da nossa filha. Muito obrigado”, diz Thiago Fernandes, pai de Carolina.
Fonte:
Fantastico
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