Trinta e dois municípios amazonenses já decretaram situação de emergência e a Defesa Civil do Amazonas calcula em 74 mil o número de famílias atingidas pelas enchentes em todo o Estado. Em obras, rios começam a baixar, e muitas localidades ainda estão sob as águas.
Enquanto a ajuda financeira do Estado e do governo federal não chega, as populações locais vão tentando reparar os estragos. A previsão do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe), é de mais chuva forte para as regiões centro-norte e leste do Estado.
Na cidade de Benjamim Constant, na região oeste do Estado, cerca de 9 mil pessoas estão afetadas pelas águas desde meados de março, segundo a defesa civil. De acordo com a coordenadora da organização, Gleissimar Campelo Castelo Branco, embora o nível dos Rios Solimões e Javari, que banham a cidade, tenha começado a baixar, boa parte do município continua alagada e a cidade permanece em situação de emergência.
"Benjamim se transformou em uma Veneza", diz Gleissimar comparando a localidade à cidade italiana cortada por canais onde gôndolas servem de meio de transporte. De acordo com Gleissimar, o nível do Rio Solimões chegou a atingir 13,74 metros, apenas 9 centímetros a menos que a marca histórica registrada durante a cheia de 1999. Já o Javari, de acordo com muitos moradores, diz a coordenadora, atingiu o maior nível de todos os tempos.
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