Justiça nega liminar para beneficiário do esquema de rombo da Conta Única
O desembargador Manoel Ornellas de Almeida, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, indeferiu pedido de liminar impetrado pela defesa de Denis Hitoche de Deus, um dos apontados pela Polícia Fazendária de se beneficiar, ou servir como “laranja”, do esquema de rombo na ordem de R$ 12,9 milhões da Conta Única do Estado por meio do sistema BB PAG.
O pedido de liminar foi feito na última quinta-feira (03) pelo advogado Antônio Luiz de Deus Júnior, mesmo dia em que a polícia deflagrou a operação “Vespeiro”, com o intuito de desarticular a “quadrilha do BB PAG” que cometeu desvios de recursos de 2007 a 2011 dentro da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Denis não chegou a ser preso, figurando até o momento, para a Delegacia Fazendária (Defaz), como foragido. O objetivo do pedido de liminar no Habeas Corpus impetrado pela defesa era de assegurar a liberdade do suposto beneficiário do esquema de forma que ele pudesse prestar esclarecimentos à polícia sem a necessidade da prisão preventiva – decretada pelo juiz José de Arimatéia.
Porém, o desembargador Ornellas considerou necessário colher do juiz de primeira instância as razões para o decreto de prisão antes de acatar o pedido de liminar. Ele determinou prazo de dez dias para que o juízo da Vara Especializada de Crime Organizado e Crimes contra a Administração Pública se manifeste a respeito.
Além de Denis, outras 22 pessoas são consideradas foragidas pela polícia desde que foi deflagrada a operação Vespeiro. Assim como Denis, segundo aponta a polícia, outras 31 pessoas são apontadas como beneficiárias ou laranjas do esquema de desvio de recursos.
Dentre as pessoas presas pela operação, até o momento apenas duas foram liberadas: Jamerson de Araújo Kestring, apontado como laranja usado pela quadrilha, e a secretária adjunta do Tesouro Estadual da Sefaz, Avaneth Almeida das Neves, apontada pela polícia como articuladora do esquema porque assinava as liberações de créditos oriundos da Conta Única pelo sistema online disponibilizado pelo Banco do Brasil, o BB PAG.
A reportagem não conseguiu contato com oadvogado de Denis para comentar o caso.
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