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Cidades
Segunda - 07 de Maio de 2012 às 18:18

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O ex-juiz de direito Mário José Pinto da Rocha, preso neste domingo (6) por suspeita de abusar sexualmente de um garoto de 11 anos, já foi condenado em primeira instância pelo mesmo crime contra outros dois meninos. Na decisão do processo, expedida em junho de 2011 e à qual o G1 teve acesso, o advogado recebeu a condenação de 12 anos de reclusão por abusar de dois irmãos menores de idade em Belo Horizonte. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o ex-magistrado recorreu da sentença e aguarda em liberdade. O processo corre em segredo de Justiça. Rocha negou ter abusado do menino neste domingo.

De acordo com o documento, os abusos contra os irmãos, que à época tinham 10 e 11 anos, começaram em 2007. Os garotos foram abordados com a promessa de que o advogado soltaria a mãe deles, que estava presa. Segundo consta na sentença, os abusos ocorreram diversas vezes no escritório do ex-juiz, no bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul da capital, e na casa dele, no bairro Santa Amélia, na Região da Pampulha – mesmo local onde o menino de 11 anos foi encontrado neste domingo.

Ainda de acordo com a decisão, o ex-magistrado dava presentes aos garotos para que não contassem sobre os encontros e também os ameaçava. A denúncia foi feita pela mãe dos meninos, que tomou conhecimento dos abusos por meio da avó. A Justiça decretou a prisão temporária do advogado.

Durante o curso do processo, a defesa do ex-juiz pediu que fosse feito um exame de sanidade mental. Após a realização do procedimento, foi constatado que Rocha era capaz e, por isso, foi condenado pelos abusos.
 

Prisão

Mário José Pinto da Rocha foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, após ser detido novamente por suspeita de abuso sexual neste domingo (6). Segundo a polícia, o garoto vive com os avós e vigia carros no bairro Santa Amélia. Depois de uma denúncia, ele foi encontrado na casa de Rocha, que mora no mesmo bairro. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o ex-juiz foi exonerado do cargo em maio de 2003.

“Os policiais se dirigiram ao local e, após o senhor Mário franquear a entrada e dizer que não tinha ninguém no imóvel além dele, os policiais encontraram a criança escondida debaixo da cama. Entrevistada, a criança confirmou que havia mantido conjunção carnal, relação sexual com o senhor Mário", explicou a delegada Andrea Aparecida Alves Soares.

Ainda segundo a delegada, ele será indiciado por estupro de vulnerável, mas nega as acusações. "Ele bateu a campainha e perguntou se eu tinha alguma coisa pra dar pra ele. Eu disse que não. Mas ele já trabalhou pra mim antes... descarregando livro do carro", disse o suspeito. Quando foi perguntado a ele por que o garoto estava debaixo da cama, ele respondeu: "porque ele correu. Na hora que bateu a campainha, ele correu".

O garoto foi encaminhado ao Conselho Tutelar e, depois, entregue à família.





Fonte: Do G1 MG

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