No entanto, o júri não conseguiu decidir, depois de dias de discussão, se o Google tinha o direito de usar a estrutura de direitos autorais. O veredicto sobre direitos autorais foi lida em um tribunal federal de San Francisco, nos Estados Unidos, de acordo com a Reuters.
Os cinco homens e sete mulheres jurados não foram unânimes em todas as suas respostas a quatro perguntas fornecidas pelo juiz William Alsup para determinar se o Android, do Google, infringiu parte da linguagem Java, que a Oracle adquiriu em 2010, segundo o site "Cnet".
O júri acredita, no entanto, que o Google não quebrou todos os direitos de uso do Java, como, por exemplo, em partes do código-fonte da linguagem, de acordo com o site.
Entenda o caso
A Oracle processou o Google em agosto de 2010 sobre patentes e direitos autorais para a linguagem de programação Java. De acordo com a Oracle, o sistema operacional Android, do Google, atropela os direitos de propriedade intelectual do Java, que adquiriu quando comprou a Sun Microsystems, em 2010.
O Google afirmava que não violou as patentes da Oracle e que a mesma Oracle não pode ter direitos reservados de certas partes do Java.
O julgamento começou no meio de abril e foram ouvidos executivos como Larry Page, atual CEO do Google, Eric Schidmt, ex-CEO do Google, e Larry Ellison, CEO da Oracle.
Page defendeu o Google e disse que a empresa “não fez nada de errado” durante seu depoimento. Segundo ele, o Google foi “muito cuidadoso sobre qual informação foi usada ou não [no Android]”.
Planos do Google
Os documentos do processo também revelaram os planos do Google. A gigante previu, por exemplo, que, que, em 2013, estaria obtendo mais de 35% de sua receita fora de seu mercado tradicional, o de publicidade vinculada a buscas.
Foram apresentadas projeções para diversas operações da companhia, que faziam parte de uma apresentação ao conselho do Google que a equipe da empresa preparou em outubro de 2010.
O Google tentou convencer o juiz federal norte-americano William Alsup a manter segredo quanto a seus documentos internos, mas o juiz recusou o pedido há uma semana. Jim Prosser, porta-voz do Google, afirmou na quarta-feira (25) que os documentos não representam o pensamento atual da companhia sobre suas operações de negócios. "Nosso setor continua a evoluir com velocidade incrível, e o mesmo se aplica às nossas aspirações para os diversos produtos e serviços que oferecemos", disse.
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