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Terça - 08 de Maio de 2012 às 13:27

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Nove anos após o assassinato da empresária Cláudia Soneghete Donati, 28 anos, e de sua empregada doméstica, Mauricéia Rodrigues Donato, 20 anos, os acusados pelo chamado "Crime da Ilha do Frade" irão a julgamento nesta terça-feira no Espírito Santo. Sentarão no banco dos réus do Tribunal do Júri Popular de Vitória o jardineiro Cristiano dos Santos Rodrigues e seu irmão, Renato dos Santos Rodrigues, acusados de matar as duas mulheres.

O acusado de ser o mandante do crime é o empresário e prefeito de Conceição da Barra, Jorge Andrade Donati, então marido de Cláudia. Ele está preso, acusado de também ser mandante de outros dois assassinatos. Os dois irmãos que executaram o crime alegam ter sido contratados por Donati para matar Cláudia. Mauricéia acabou sendo assassinada como queima de arquivo por ter visto o assassinato da patroa, dentro da mansão do casal, na Ilha do Frade, segundo o Tribuanal de Justiça do Estado.

O crime cometido foi cometido no dia 15 de janeiro de 2003. Entretanto, após a acusação do TJ capixaba ao empresário Jorge Donati, ele foi eleito prefeito em 2008 e adquiriu direito a foro privilegiado. Enquanto ocupar o cargo político, Donati só poderá ser julgado pelo pleno do Tribunal. Ele somente será submetido a júri popular se perder o mandato de prefeito.

De acordo com o processo criminal, com 16 volumes, Cláudia e a empregada doméstica do casal foram espancadas, assassinadas por asfixia e tiveram seus corpos parcialmente carbonizados.

Outro crime
Donati está preso desde o dia 14 de abril, quando se apresentou após ter sua prisão decretada pelo desembargador Sérgio Bizzotto Pessoa de Mendonça, relator do processo que apura as responsabilidades do prefeito sobre a morte do sindicalista Edson José dos Santos Barcellos. Em janeiro, o prefeito já havia sido preso, por determinação de Bizzotto, por estar ameaçando testemunhas, mas duas semanas depois ele obteve um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça, que ainda julgará o pedido.

Em março, um fato novo começou a surgir no caso: o ex-presidiário Mateus Ribeiro dos Santos compareceu, espontaneamente, ao Tribunal de Justiça do ES e prestou um depoimento denunciando que Jorge Donati mandaria matá-lo. Mateus era testemunha no caso da morte do sindicalista. No dia 5 de abril, ele foi executado com 12 tiros dentro de um supermercado no bairro Interlagos, em Linhares.





Fonte: Terra

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