A defesa tentava reverter decisão do ministro Carlos Ayres Britto, publicada em fevereiro deste ano. Na época, Britto rejeitou um pedido liminar de habeas corpus feito pelos advogados do ex-jogador.
Nesta terça-feira, os ministros entenderam que a defesa não poderia ter recorrido da decisão provisória porque a liberdade do ex-jogador ainda será analisada pela turma quando for julgado o mérito do processo. Ainda não há data prevista para que o relator do caso, ministro Cezar Peluso, libere o processo para esse julgamento definitivo.
Bruno e outros réus devem ser levados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do atleta. Segundo a polícia, ela morreu em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O corpo nunca foi encontrado. O jogador se declara inocente.
Morte de Eliza
Em março, o advogado Rui Caldas Pimenta, que defende Bruno, disse que a estratégia de defesa do atleta no julgamento admitirá a morte de Eliza Samudio. De acordo com Pimenta, a tese é diferente da sustentada por outros defensores que já passaram pelo caso. Até então, a defesa do goleiro sustentava que a jovem estava viva, já que o corpo nunca foi encontrado.
A acusação argumenta que Eliza foi morta após tentar na Justiça o reconhecimento da paternidade de seu filho pelo goleiro.
De acordo com Pimenta, a tese de que “sem corpo não há materialidade” está incorreta. “Essa é tese há muito superada. Quando eu assumi (a defesa do goleiro), eu falei pro Bruno ‘Bruno, isso é fantasia’. Demonstrei a ele que a tese correta é a verdade. Admitimos que ela foi assassinada”.
Ainda segundo o advogado, o amigo do goleiro Luiz Henrique Romão, o Macarrão, tomou a decisão de matar a jovem. A defesa de Macarrão nega a acusação.
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