Janelle Tam, de 16 anos, estudante do nível médio em Waterloo, Ontário, ganhou o primeiro prêmio junto com um cheque de 5.000 dólares na edição de 2012 do concurso Sanofi BioGENEius Challenge, por demonstrar que a celulose também atua como um poderoso antioxidante.
A jovem, que se mudou para o Canadá há cinco anos, procedente de Cingapura, criou "um supercomposto antioxidante, (que) poderia algum dia ajudar a melhorar a saúde e (ser usado em) produtos antienvelhecimento, ao neutralizar os radicais livres nocivos que se encontram no organismo", informou a organização Bioscience Education Canada.
A pesquisa de Tam envolveu pequenas partículas da polpa da madeira, conhecidas como nanocristais de celulose (NNC), as quais são flexíveis, duradouras e mais fortes que o aço.
Os NCC, cujo tamanho se mede em milésimos de um cabelo humano, não são tóxicos, são estáveis, solúveis em água e renováveis, pois provêm de árvores, explicou a jovem pesquisadora, estudante do instituto Waterloo Collegiate.
Tam vinculou quimicamente os NCC a uma conhecida nanopartícula chamada buckminsterfullereno ou ""buckyball"", já usada em produtos cosméticos e antienvelhecimento.
"A nova combinação NCC-buckyball atua como um ""nano-aspirador"", absorvendo os radicais livres e neutralizando-os", informou a Bioscience Education Canada.
"Os resultados foram realmente emocionantes", disse Tam em um comunicado. Ela acrescentou que, como a celulose é usada como recheio e estabilizador em muitos produtos vitamínicos, espera que os NCC façam no futuro com que estes produtos fiquem cheios de neutralizadores de radicais livres.
Os NNC também podem ser "superiores às vitaminas C ou E porque são mais estáveis e sua eficiência não diminui tão rapidamente", disse Tam.
Seus usos potenciais são praticamente ilimitados, segundo o comunicado, porque os NNC são mais fortes que o aço, embora flexíveis, resistentes e leves.
O Instituto Nacional de Pesquisas Florestais do Canadá, FPInnovations, avaliou que a substância terá um valor de mercado de até 250 milhões de dólares na próxima década.
Comentários