Aos 38 anos de idade, Adenilza acorda diariamente às 5h para dar conta de deixar a casa em ordem antes de ir para o trabalho. “Dou banho, dou leite e saio de casa às 7h10. Os dois mais novos são gêmeos e vão para a creche e levo os outros de 4, 6 e 7 anos para a escola”, explicou. Depois disso, são pelo menos mais uma hora e meia de ônibus de Várzea Grande, na região metropolitana, até Cuiabá.
“Dá dó sair e ter que deixá-los em casa. Os irmãos mais velhos, de 16 e 18 até ajudam um pouco, mas não cuidam como uma mãe cuida de um filho. Mas tenho que pensar que é para o bem deles, porque se eu não sair para trabalhar, eles podem até passar fome. Eu falo todos os dias que eu estou saindo e que estou trabalhando para eles. Assim como qualquer mãe que ama seus filhos, eu faço tudo por eles”, garantiu.
Depois de trabalhar o dia inteiro, ela volta para casa para cuidar dos filhos. “Quando eu volto, preciso dar banho, jantar e adiantar o serviço da casa para outro dia. No final de semana não tem descanso. Eu lavo roupa para fora, então faço isso no domingo”, detalhou.
Adenilza conta que ela e o marido se esforçam para que os filhos possam estudar. “Eu estudei até a 8º série e não tive muitas oportunidades de continuar a estudar e é por isso que eu quero que eles sigam uma carreira e que estudem para ser alguém na vida. Eu não quero que eles tenham essa vida que eu tenho ou que tenham de enfrentar a casa dos outros”, desabafou.
Para o dia das mães, ela conta que seu desejo é ver os filhos em um bom caminho. “Eu peço que todos eles sejam homens de bem, que eu os tenha criado de maneira correta e que todo o esforço valha a pena”, finalizou.
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