Keith Judd, atualmente detido por fazer ameaças à Universidade do Novo México, em 1999, conseguiu disputar o pleito após pagar uma taxa de US$ 2,5 mil. Nos Estados Unidos é possível ter seu nome nas cédulas de primárias mesmo que a candidatura à presidência não esteja validada. Judd recebeu 41% dos votos, contra 59% de Obama.
"Eu votei contra Obama", diz o eletricista Ronnie Brown, 43 anos, de Crosse Lanes, que se diz um democrata conservador. "Eu não gosto dele. Ele não levou o Estado antes e não vou deixar que ele leve dessa vez", disse Brown, que ainda acrescentou à AP que votará para presidente "naquele cara do Texas", possivelmente se referindo ao republicano Rick Perry, que já abandonou a disputa no início do ano.
Esta não é a primeira vez que Obama é "ameaçado" em primárias - na prática ele concorre contra si mesmo e sua candidatura não está em jogo. Em Oklahoma, o ativista contra o aborto Randal Terry conseguiu 18% dos votos. No Alabama, 18% dos eleitores democratas preferiram a opção "não comprometido" a votar no presidente. Na Louisiana, o advogado John Wolfe conseguiu cerca de 18 mil votos.
Nestes Estados, considerados redutos eleitorais do Partido Republicano, Obama foi derrotado em 2008, tanto por Hillary Clinton, nas primárias democratas, quanto por John McCain, nas eleições presidenciais. A projeção é que ele volte perder essas disputas nas eleições de novembro. Emily Brown, filha do eletricista de Cross Lanes, também estava pronta para votar em Kevin Judd até descobrir o atual domicílio dele. "Eu não vou votar em alguém na prisão", disse, antes de acrescentar: "eu só quero votar contra Barack Obama".
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