O pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, considerou "prematura" a pesquisa do Ibope que, na quarta-feira, apontou o tucano com 31% das intenções de voto. Apesar da distância para o segundo colocado - Celso Russomanno (PRB), com 16% -, Serra aposta em adversários preparados para uma disputa bastante acirrada.
"É importante sempre ir bem, mas é muito cedo. Os candidatos não são conhecidos, não há debate, não há ideias em confronto, não há comparação. Vejo com curiosidade, mas com precaução e acho muito prematura", afirmou Serra nesta quinta-feira, em reunião extraordinária na Câmara Municipal de São Paulo, onde foi oficializada a aliança do pré-candidato com o PV.
Questionado se estava preocupado com o possível crescimento de seus adversários, principalmente o petista Fernando Haddad, que ficou em sétimo lugar, Serra preferiu não entrar em polêmicas. "Eu não estou preocupado com adversário. Eles estão aí. Eles têm que estar bem preparados para a batalha", completou o tucano.
Em relação a aumentar o número de alianças, Serra também preferiu manter os pés no chão e não confirmou nem mesmo o apoio do atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD). "Temos a expectativa do partido do Kassab. Esse é quase certo, mas nenhum outro até agora."
Serra ressaltou a importância de ter o PV ao seu lado para tratar dos problemas que a cidade de São Paulo tem com poluição, excesso de lixo e educação ambiental. Segundo o pré-candidato, a parceria será essencial para o sucesso de um possível mandato. "O PV vai trazer uma ótima contribuição para a prefeitura. Eles continuarão colaborando em benefício da qualidade de vida da cidade. Boa parte do aquecimento global e da poluição vem do transporte. Temos que investir no transporte coletivo, de trilhos, para qualidade de vida. Temos que fazer a batalha pelo verde, a batalha contra o lixo, a batalha da educação ambiental", disse.
Na terceira posição da pesquisa Ibope está Netinho de Paula (PCdoB), com 8%, seguido de Soninha Francine (PPS), 7%; Gabriel Chalita (PMDB), 6%; e Paulinho da Força (PDT), 5%. Depois da Haddad, os últimos colocados foram os pré-candidatos do Psol, Carlos Giannazi (1%), e do PTB, Luiz Flávio Borges D"Urso (1%). Levy Fidelix (PRTB) não pontuou, e 10% dos 805 entrevistados entre 5 e 7 de maio não souberam responder à pesquisa ou não têm candidato.
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