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Saúde
Sexta - 11 de Maio de 2012 às 08:23
Por: Jardel Patrício Arruda

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Policlínica do Coxipó: falta médico porque não tem segurança ou falta segurança porque não há médicos?
Policlínica do Coxipó: falta médico porque não tem segurança ou falta segurança porque não há médicos?

Mais de vinte dias se passaram desde que a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS) fez um acordo com a classe médica para melhorias nas condições de trabalho e segurança nas policlínicas, mas somente um dos tópicos do acordo, a questão salarial, foi cumprida.

Em conseqüência disso, a rede continua com um déficit de 25 médicos e nenhum profissional mostra interesse em assumir esses postos.

Segundo a presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Elsa Luiz de Queiroz, os médicos das policlínicas têm reclamado da falta de materiais básicos para o atendimento, além da falta da presença policial para garantir a segurança destes locais.

“Infelizmente ele (o secretário Lamartine Godoy) não tem oferecido as condições de trabalho que ofereceu e, como se vê, os médicos continuam saindo (das policlínicas)”, disse a sindicalista.

Além disso, a solicitação enviada pela SMS à Secretaria de Estado Segurança Pública (SESP) para a disponibilização de policiais militares para atuar na guarda das policlínicas continua sem resposta.

A informação foi confirmada pela assessoria da SMS, que afirma que o secretário municipal Lamartine Godoy continua a espera de um retorno da PM. Como medida paliativa, foi ordenada a contratação de mais vigias.

“Mas vigias não podem revistar, nem tomar uma atitude mais ‘ativa’ quando ocorre algum problema nas policlínicas”, disse uma fonte da SMS. “Portanto não resolve o problema que se tem para atrair médicos para as policlínicas”, completou.

Para a SMS, a falta de segurança nessas unidades de saúde seria o principal motivo da dificuldade na contratação de profissionais para suprir a carência de médicos, e maior motivo para a evasão deles.

Segundo informa a assessoria de imprensa, os médicos, apesar de acharem a atual proposta salarial atrativa – R$ 3.500 e adicionais de final de semana por quatro plantões mensais de 24 horas –, se dizem avessos à idéia de trabalhar em algumas comunidades nas quais eles estariam sendo tratados de forma agressiva pela população.

Um exemplo emblemático dessas ocorrências aconteceu há cerca de 40 dias, quando dois homens entraram com pedaços de madeira na Policlínica do Verdão e, aos gritos, avisavam que queriam matar o médico plantonista. Dessa vez o médico escapou.

Para o Sindimed, o motivo das agressões seria a insatisfação do povo com a estrutura da saúde, que sofre com a “superlotação devido à falta de médicos, além da escassez de remédios e materiais básicos para o atendimento ao público”.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública foi procurada para se pronunciar sobre a resposta do oficio enviado pela prefeitura. Entretanto, a assessoria não deu retorno à reportagem.






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