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Economia
Sexta - 11 de Maio de 2012 às 13:28

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Foto: Reprodução
Campo de batata-doce poderá ser cultivado durante a entressafra da cana-de-açúcar

A produção de etanol em Mato Grosso começa a ganhar uma nova opção, que tem tudo para baratear o produto nas bombas de combustíveis, notadamente no período da entressafra da cana de açúcar. É o etanol produzido através da batata doce industrial, um produto bem diferente da batata doce comestível. Mato Grosso, pioneiro nesta produção já está em fase de desenvolvimento e acredita-se que a partir de 2013 já poderá estar a disposição do consumidor nos postos de combustíveis.


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Aldo Silva é o pesquisador que trouxe a iniciativa de Tocantins para Mato Grosso
De acordo com o projetista Aldo Marcos da Silva, que vem desenvolvendo a pesquisa da cultura da batata-doce como fonte de matéria prima para produção de etanol, em parceria com a Universidade Federal do Tocantins e com o Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT Cuiabá -, o objetivo é já a partir de 2013 iniciar a produção comercial de pelo menos de 1,3 milhão de litros de etanol por ano. 
 
De acordo com Aldo Marcos Silva, que explicou que as pesquisas tiveram início há 12 anos em uma parceria com a Universidade Federal do Tacantins, a babata-doce apresenta um custo muito menor que a cana de açúcar, aliada ao fato de que terá duas safras ao ano, contra apenas uma safra da cana. Ele explicou ainda que a batata-doce apresenta uma produtividade maior e com a vantagem de não deixar resíduos.
 
Segundo o projetista, Mato Grosso tem capacidade, em um primeiro momento, de produzir 30 mil hectares de batata-doce. “Temos condição de produzir 103 toneladas por hectare, resultando em 3 mil toneladas de batata no total estimado para Mato Grosso”. Ele ressalta que a cultura, que tem potencial para fazer até dois ciclos por anos, vem como complemento da safra cana-de-açúcar, sendo cultivada no período em que as indústrias sucroalcooleiras estão desativadas.
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Ciclo produtivo é de quatro a cinco meses
Aldo Marcos da Silva, que está promovendo para os dias 29 e 30 de junho, o Primeiro Fórum Nacional de Batata Doce Industrial para Produção de Etanol e Derivados, em Tangará da Serra, onde mantém a mantém em caráter experimental a Usina Flex, disse que o custo de produção do etanol da batata-doce é de R$ 0,66 enquanto que para se produzir o álcool da cana de açúcar se gasta R$ 096 e R$ 1,23 para se produzir o mesmo produto através do milho, como é feito nos Estados Unidos.
 
Aldo disse que o projeto está sendo levado para agricultores familiares, uma vez que a batata-doce é de excelente aceitação em solos de baixa e média fertilidade, resistente a pragas e doenças e com a vantagem de ter menor custo de transporte da lavoura para a usina e com suporte de até dois meses depois da colheita, produzindo etanol neutro e fino.
 
A partir do fórum, programado para o final de junho, Aldo Marcos da Silva, acredita que a intensificação da produção da batata-doce em solo mato-grossense será muito maior, produzindo álcool suficiente para garantir o abastecimento dos carros flex no Estado durante o período da entressafra da cana de açúcar. Ele explicou que além de palestras, o fórum vai mostrar, através de atividades no campo, cultivares geneticamente melhoradas para a produção do etanol e seus derivados, além de práticas de plantio, cultivo e colheita.





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