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Produção de etanol através da batata-doce cresce em MT
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A produção de etanol em Mato Grosso começa a ganhar uma nova opção, que tem tudo para baratear o produto nas bombas de combustíveis, notadamente no período da entressafra da cana de açúcar. É o etanol produzido através da batata doce industrial, um produto bem diferente da batata doce comestível. Mato Grosso, pioneiro nesta produção já está em fase de desenvolvimento e acredita-se que a partir de 2013 já poderá estar a disposição do consumidor nos postos de combustíveis.
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De acordo com Aldo Marcos Silva, que explicou que as pesquisas tiveram início há 12 anos em uma parceria com a Universidade Federal do Tacantins, a babata-doce apresenta um custo muito menor que a cana de açúcar, aliada ao fato de que terá duas safras ao ano, contra apenas uma safra da cana. Ele explicou ainda que a batata-doce apresenta uma produtividade maior e com a vantagem de não deixar resíduos.
Segundo o projetista, Mato Grosso tem capacidade, em um primeiro momento, de produzir 30 mil hectares de batata-doce. “Temos condição de produzir 103 toneladas por hectare, resultando em 3 mil toneladas de batata no total estimado para Mato Grosso”. Ele ressalta que a cultura, que tem potencial para fazer até dois ciclos por anos, vem como complemento da safra cana-de-açúcar, sendo cultivada no período em que as indústrias sucroalcooleiras estão desativadas.
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Aldo Marcos da Silva, que está promovendo para os dias 29 e 30 de junho, o Primeiro Fórum Nacional de Batata Doce Industrial para Produção de Etanol e Derivados, em Tangará da Serra, onde mantém a mantém em caráter experimental a Usina Flex, disse que o custo de produção do etanol da batata-doce é de R$ 0,66 enquanto que para se produzir o álcool da cana de açúcar se gasta R$ 096 e R$ 1,23 para se produzir o mesmo produto através do milho, como é feito nos Estados Unidos.
Aldo disse que o projeto está sendo levado para agricultores familiares, uma vez que a batata-doce é de excelente aceitação em solos de baixa e média fertilidade, resistente a pragas e doenças e com a vantagem de ter menor custo de transporte da lavoura para a usina e com suporte de até dois meses depois da colheita, produzindo etanol neutro e fino.
A partir do fórum, programado para o final de junho, Aldo Marcos da Silva, acredita que a intensificação da produção da batata-doce em solo mato-grossense será muito maior, produzindo álcool suficiente para garantir o abastecimento dos carros flex no Estado durante o período da entressafra da cana de açúcar. Ele explicou que além de palestras, o fórum vai mostrar, através de atividades no campo, cultivares geneticamente melhoradas para a produção do etanol e seus derivados, além de práticas de plantio, cultivo e colheita.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/40256/visualizar/
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