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Política
Segunda - 14 de Maio de 2012 às 19:28
Por: Lucas Bólico

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Reprodução
A reconfiguração do resíduo da dívida pública de Mato Grosso para dólar ao invés do real, conforme proposto pelo governo do Estado à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) na última semana, derruba o juro da cobrança pela metade. O resíduo da dívida hoje está estimado em R$ 1,15 bilhão. A proposta de negociação formatada em moeda nacional previa uma taxa anual de aproximadamente 10,5% e em dólar, a margem cai para cerca de 5,5%.

A queda, de acordo com o economista e secretário adjunto de Gestão Integrada e Modernização Institucional, Vivaldo Lopes, que trabalha junto à equipe econômica do Estado na reestruturação da dívida, se deve principalmente à disponibilidade de dólares no mercado mundial. “São dois aspectos, a oferta de dólares abundante no mercado mundial e um grande atrativo desses capitais para investir em projetos no Brasil, em todos os emergentes, mas principalmente no Brasil”, argumenta.

A alta da moeda americana poderia prejudicar o pagamento do resíduo da dívida. Mas Lopes esclarece que as principais projeções de analistas globais, aos quais a equipe do governo estadual tomou como base, convergem para a estabilização do dólar na próxima década, na qual não é esperado nenhum aumento em relação ao real. “Consideramos que a alta do dólar é substancial. Projetando os próximos 10 anos, não há nenhum sinal de que vai ter uma explosão [do dólar] à frente da moeda dos Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul]”, pondera.

“Deixamos [na última semana] a proposta reformulada. A única mudança é que agora será feita em dólar. É uma reconfiguração. Uma proposta formatada em reais, com uma taxa de juros próxima de 10 ou 10,5% nós estamos trazendo para uma proposta em dólares, fazendo com 5,5%”, simplifica. A operação será feita por meio de dois bancos, o Banc Of America Marrill Lynch (Bofa) e o Banco do Brasil (BB).

Entenda a operação

“[Banc Of America Marrill Lynch] é o banco que vai fazer o empréstimo. Ele, lançando papeis dele, capta o dinheiro lá fora e empresta para Mato Grosso. No mesmo momento em que ele empresar, esse crédito vai para a STN e quita os resíduos [da dívida]. Com a União a gente fica ok e vai pagar o banco [que realoizou a operação] em um prazo de 10 anos”, elucida.

“O Banco do Brasil [foi escolhido] porque é um banco oficial, tem nossas contas, tem contrato conosco. Nós estamos discutindo o preço com o banco ainda, mas geralmente é um percentual em cima da operação. Eles trabalham no risco, sempre no êxito, só depois da operação concretizada o Banco do Brasil e o Bofa são remunerados. É outra inovação, eles estão correndo o risco junto conosco”, esclarece Lopes.

 




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