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Polícia
Segunda - 14 de Maio de 2012 às 23:12

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Seis pessoas foram presas em flagrante, sábado e hoje, pela Polícia Civil, em Campo Novo dos Parecis (396 km a Noroeste da capital) acusadas de fraudar compra de combustível pago pelo Estado para abastecimento de carros oficiais. "O ex-frentista Paulo André Ferreira Mendes, 31 anos, foi preso no sábado e responderá pelo crime de tentativa de estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Outros cinco trabalham como taxistas e foram presos nesta segunda-feira e serão indiciados por receptação e formação de quadrilha", informa a polícia.

Conforme o delegado Eder Clay de Santana Leal, as investigações iniciaram a partir de uma denúncia feita pela Polícia Civil do município de Colíder, após o conhecimento de erro no abastecimento e na quilometragem de viaturas. "De imediato foram feitas diligências pela equipe de investigadores que conseguiram identificar várias autorizações obtendo gasolina liberadas através da senha e login de um policial militar lotado na cidade de Campo Novo dos Parecis", explicou o delegado.

O primeiro preso, Paulo André, era responsável por digitar os dados e falsificar a assinatura do servidor. Ele indicada placas de carros oficiais da polícia e enchia os galões de combustível. Depois revendia aos taxistas por valor abaixo do preço das bombas dos postos. "Como Paulo trabalhou no posto que abastecia viaturas da Polícia Militar, se apossou dos dados do servidor, sem o conhecimento dele", disse o delegado Eder Clay.

Conforme o delegado, pelo sistema de controle de abastecimento, Paulo realizou a fraude por diversas vezes. Ele utilizava placas de viatura da Polícia Civil de Colíder e da Força Tática da Polícia Militar de Tangará da Serra. Em seguida, o suspeito enchia os galões e acomodava no porta-malas de seu veículo.

A Polícia Civil conseguiu surpreender Paulo no posto de gasolina digitando a senha e login do PM. Ele tentava comprar mais de 400 litros e acabou sendo autuado em flagrante. Ele foi levado para a delegacia e em seu depoimento confessou o crime e indicou os taxistas como sendo as pessoas para quem o produto era repassado.

As demais prisões aconteceram na residência dos envolvidos. Nos locais os investigadores conseguiram apreender aproximadamente 1.000 litros armazenados em galões. Em depoimento, os presos alegaram desconhecer que o combustível adquirido era de origem ilícita, mesmo estando com preço inferior ao do mercado.

Seguindo a legislação penal, o delegado arbitrou fiança para os presos. Paulo pagou R$ 3,5 mil e para cada taxista o valor arbitrado foi de R$ 2 mil. Eles responderão pelos crimes em liberdade. "Continuaremos as investigações para identificar outras pessoas envolvidas com essa quadrilha, inclusive a participação de funcionários do posto onde a fraude era aplicada. Bem como os valores da fraude aos cofres públicos", conclui o delegado.

A informação é da assessoria de imprensa da Polícia Civil






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