A empresa Gregory, grife de roupas com lojas em todo o Brasil, está sendo alvo de uma investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com o MPT, operários, a maioria bolivianos, estariam trabalhando em condições degradantes, "análogas à escravidão", em fábricas terceirizadas que fornecem material à marca. Os agentes dos dois Ministérios foram a uma destas oficinas acompanhados da Polícia Federal.
Após a investigação, a Gregory foi convidada pelo MPT a assumir a responsabilidade por sua cadeia produtiva. A empresa, entretanto, se recusou a assinar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) proposto pelo órgão. De acordo com o MPT, a procuradora do trabalho Andréa Tertuliano de Oliveira deve ajuizar uma ação civil pública para obrigar a Gregory a se responsabilizar por todos os funcionários de sua produção.
Em dezembro de 2011, a Zara Brasil, empresa do Grupo Inditex, assinou um TAC junto ao MPT e ao TEM para melhorar o controle sobre confecções da indústria têxtil, eliminar a precarização e garantir melhor qualidade de vida aos empregados. Em junho do mesmo ano, fiscais descobriram 51 pessoas (46 delas bolivianas) trabalhando em condições precárias em uma confecção contratada pela empresa em Americana, no interior paulista.
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