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Economia
Sábado - 19 de Maio de 2012 às 09:10

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A falta de pastagem no estado é um dos pontos preponderantes para tomada de decisão
Cuiabá (MT), 18 de maio de 2012 - A intenção do produtor de Mato Grosso em investir no sistema de confinamento de gado registrou um aumento de 14% este ano com relação ao ano passado.

A expectativa é de que 929 animais saiam do confinamento para o abate. Em 2011 foram 813 mil animais e em 2010 foram registrados 592.834 mil cabeças. Nos últimos três anos o confinamento em Mato Grosso aumentou em 57%. “A seca que atingiu os pastos de Mato Grosso em 2010 reflete ainda hoje, pois faltam linhas de crédito compatíveis para resolver este problema”, pondera o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat – Luciano Vacari. 

O levantamento da intenção de confinamento em 2012 foi feito pelo Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de MT, através de entrevistas por telefone, com 140 confinadores de gado, produtores e empresários. Os destaques ficam para as regiões noroeste e oeste de Mato Grosso. A região noroeste teve uma redução de 22% no número de intenções de animais confinados, caindo de 4.750 mil animais para 3.700 mil. “Nesse caso a falta de frigoríficos para abate e as condições das estradas são pontos relevantes para essa queda”, comenta Vacari.

Na região oeste o crescimento na intenção de confinar subiu 32%. Em 2011 engordaram nesse sistema 159.905 mil animais e este ano vai chegar a 211.160 mil cabeças. Esse aumento também tem reflexo na seca de pastagem e na maior participação dos frigoríficos em confinar. “A pressão para o pecuarista chega dos dois lados, da natureza e das indústrias frigorificas”, disse o superintendente da Acrimat. 

Na região nordeste não houve nenhuma variação e a intenção de confinamento será de 147.940 mil cabeças. A região norte subiu 5%, saindo de 20,050 mil cabeças para 21.050 mil. No médio-norte o registro foi de 11% de aumento, passando de 186.103 mil cabeças para 206.540 mil. Na região centro-sul, a pesquisa aponta que 110.044 mil cabeças serão confinadas, sendo que em 2011 chegou a 98.371 mil cabeças, alta de 12%. No sudeste 229.508 mil cabeças serão engordadas no sistema de confinamento, contra 196.976 mil, no ano passado, o que representa uma diferença de 17%. 

A capacidade estática de confinamento também cresceu. De 804,1 mil cabeças em 2011, subiu 6% este ano, atingindo 850,1 mil cabeças. Em relação a 2010 esse crescimento é de 10%, quando existia uma capacidade para 776,1 mil cabeças. Luciano Vacari faz uma avalição dos números levantados, de que o produtor precisa ponderar muito bem no momento da tomada de decisão “se o confinamento é um bom negócio, pesado os custos e a rentabilidade, para não assumir riscos desnecessários”. Ele ressalta que “o confinamento é uma alternativa para engorda o gado para o abate, por isso esse aumento, e a tendência é crescer ainda mais, mas esse montante não atende a demanda e os frigoríficos ainda continuarão dependendo do gado criado a campo”.
 





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