O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que a crise das pastagens ainda é vigente. Segundo ele, faltam linhas de crédito compatíveis para que o produtor consiga renovar as pastagens que sofrem com a seca desde 2010. O levantamento da intenção de confinamento é realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de Mato Grosso (Imea).
A região Noroeste do estado teve uma redução de 22% no número de intenções de animais confinados, caindo de 4.750 mil animais para 3.700 mil. "Nesse caso a falta de frigoríficos para abate e as condições das estradas são pontos relevantes para essa queda", comenta Vacari. Na região Oeste o crescimento na intenção de confinar subiu 32%. Em 2011 engordaram nesse sistema 159.905 mil animais e este ano vai chegar a 211.160 mil cabeças. Esse aumento também tem reflexo na seca de pastagem e na maior participação dos frigoríficos em confinar. "A pressão para o pecuarista chega dos dois lados, da natureza e das indústrias frigorificas", disse o superintendente da Acrimat.
Na região Nordeste não houve nenhuma variação e a intenção de confinamento será de 147.940 mil cabeças. A região Norte subiu 5%, saindo de 20.050 mil cabeças para 21.050 mil. No Médio-Norte o registro foi de 11% de aumento, passando de 186.103 mil cabeças para 206.540 mil. Na região Centro-Sul, a pesquisa aponta que 110.044 mil cabeças serão confinadas, sendo que em 2011 chegou a 98.371 mil cabeças - uma alta de 12%. No Sudeste 229.508 mil cabeças serão engordadas no sistema de confinamento, contra 196.976 mil, no ano passado, o que representa uma diferença de 17%.
Vacari acrescenta que o produtor precisa ponderar muito bem no momento da tomada de decisão. "Se o confinamento é um bom negócio, pesado os custos e a rentabilidade, para não assumir riscos desnecessários". Ele explica que "o confinamento é uma alternativa para engordar o gado para o abate, por isso, esse aumento, e a tendência é crescer ainda mais, mas esse montante não atende a demanda e os frigoríficos ainda continuarão dependendo do gado criado a campo".
Comentários