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Degustações orientadas despertaram os sentidos no 18º Encontro Regional da Abrasel
A noite de quarta-feira (13.11) foi marcada pelos sabores e aromas da cerveja, da cachaça e do vinho nas degustações orientadas no 18º Encontro Regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso (Abrasel-MT), que acontece no Centro de Eventos do Pantanal. Mais de cem pessoas conheceram mais sobre as características das bebidas alcoólicas e experimentaram diversos rótulos brasileiros.
Cerveja
Para cervejólogo, Rodrigo Campos até pouco tempo o universo da cerveja para o brasileiro se resumia a praticamente um único tipo de cerveja. A Pilsen popular nas mesas de bares era a única opção para quem bebia uma cerveja. Nos últimos anos foi possível acompanhar a chegada de muitas novas opções no mercado. “São tantos tipos de cerveja, você apenas ainda não encontrou o que você gosta. O importante é experimentar”, disse.
Rodrigo explicou que dentre os mais de cem de estilos de cerveja, existem aquelas que terão realmente muitos atributos de aroma e sabor, mas ainda teremos aquela cerveja mais leve, aquela comum para ser bebida com amigos. Nesse caso a cerveja é feita para refrescar mesmo, para ser consumida despretensiosamente. Nem toda cerveja precisa ser degustada, mas com certeza deve ser apreciada com aquilo que ele tem de melhor para te oferecer.
Um ponto destacado pelo cervejólogo é a temperatura de uma cerveja, que segundo ele influência a experiência de degustação, já que ela pode alterar o bom funcionamento dos receptores gustativos da língua. “Temperaturas baixas permitem que cervejas fracas como as Pale Lagers sejam apreciadas por seu frescor, enquanto temperaturas mais quentes permitem que os sabores e aromas mais complexos de uma Ale sejam percebidos. Existe, porém uma regra errada de que a melhor cerveja é sempre a mais gelada, o que não é correto”.
Para o empresário, Fabio Alex o curso mudou o conceito dele em relação a cerveja. “Para mim cerveja boa era aquela estupidamente gelada e quanto mais amarga melhor. E eu vi com a degustação orientada que não é assim. Hoje entendi mais sobre a cor da cerveja, o aroma, o sabor e a partir de agora quero mais qualidade, quero saber mais sobre cerveja”, comentou.
Cachaça
Segundo chef e cachacier (sommelier de cachaças), Mauricio Maia a história da cachaça caminha junto com a história do Brasil. “Ela é tema frequente na música, teatro e literatura brasileira. E hoje a cachaça se iguala aos melhores destilados do mundo e é a terceira bebida destilada mais consumida no mundo”, afirmou.
O cachacier explicou que apesar de branquinha ser um de seus apelidos mais famosos, a cachaça pode apresentar tons diversos, que vão do transparente ao marrom escuro, o que indica que a bebida foi envelhecida em um barril de madeira. Cada tipo de madeira dá à cachaça uma coloração específica. Por ser envelhecida em diversas madeiras da flora brasileira (já existem mais de 36 catalogadas), à cachaça são conferidos cor, aroma e sabor diferentes. “Quanto mais dura for a madeira, menor vai ser a troca entre ela e a cachaça. E, quanto mais porosa, maior e mais rápida a troca”, afirma Maurício Maia. As madeiras mais comuns são a umburana e o carvalho. “A primeira dá à cachaça um gosto leve e adocicado, e a segunda, um sabor maltado, que lembra o uísque”, disse.
Mauricio ainda comentou que há quem diga que a versatilidade da bebida é seu maior trunfo: aquece no frio e refresca no calor. “É possível bebê-la também com pedras de gelo. Com cuidado para que ela não gele demais, nem fique aguada com o derretimento do gelo”, ensinou.
O cachacier ainda encerrou sua fala dizendo que uma boa cachaça tem aroma suave e sabor agradável, que envolvem os aspectos frutado, alcóolico, acido e ardência. A pungência ou ardência verificada da cachaça não deve ser acentuada a ponto de irritar nariz, boca e garganta é preciso equilíbrio. “E um ponto importante é não dar ressaca”, brincou.
Para o empresário, Jaime Okamura foi uma noite interessante para aprender sobre uma bebida que ele não tem costume de beber. “Beber é uma coisa e degustar é uma experiência diferente, porque parei para apreciar o aroma, o cheiro, a cor. A partir de agora vou prestar mais atenção nisso”, afirmou.
Vinho
Já a Degustação dos Vinhos foi comandada pela dupla Jachson Slaviero, da Personal Vinhos e Paulo José Marques Pereira, da Casa Valduga, que pontuaram que a informação sobre os vinhos desperta os nossos sentidos, e aguça nossa percepção. “Conhecer a história de um vinho, saber quanto tempo de maturação, seus elementos, fazem com que o ritual de degustar fique ainda mais especial, mais elaborado”, disse Slaviero.
Jachson ainda complementou que é em eventos como esse que surgem as oportunidades para as pessoas aprenderem que não é tão difícil conhecer vinhos. “Esse é o meu papel, ajudar a simplificar e acabar com os mitos, mostrar que o vinho não é só o tinto ou que não se bebe só no frio ou em restaurantes”, enfatizou.
Durante a degustação Paulo José comentou sobre os vinhos e as harmonizações. "O vinho pode acompanhar hambúrguer, churrasco, sopas e caldos, enfim, tem habilidade de harmonizar com todos os tipos de comida, deixando os alimentos ainda mais saborosos e a ocasião especial", destacou acrescentando que vinho não é uma bebida que só se serve com um grande prato. “Para harmonizar a regra é simples: pratos leves devem acompanhar vinhos leves. Pratos ácidos devem acompanhar vinhos leves e bem frescos. Já os pratos gordurosos e untuosos precisam de vinhos com taninos mais potentes e acidez alta”, pontuou.
Para tecnóloga de alimentos, Franciane Bastos a degustação enriquece quem participa desses eventos. “Passamos a prestar mais atenção nos sabores a ter uma melhor percepção. Até pela minha área de trabalho é importante estar sempre em contato com o sensorial”, comentou.
Nesta quinta-feira continua a programação do 18º Encontro Regional da Abrasel:
14 de novembro (quinta-feira)
14h – Painel: Gorjeta x Remuneração
Composição da mesa: Paulo Solmucci e Claudia Aquino
Oficina 1: Segurança Alimentar
Oficina 2: Técnicas de retirada de espinha de peixe
Oficina 3: Cortes, sabores e utilização da carne suína
Oficina 4 : Cupcakes
Oficina 5: Engenharia de Cardápio
16h – Oficina 1: Segurança Alimentar
Oficina 4 : Cupcakes
Cozinha Show: Ki-Nutre
16h30 – Palestra: O Restaurante na visão 360°
Palestrante: Ariani Malouf
17h - Cozinha Show: Haru
17h30 – Palestra: 10 anos de Viagem em busca da Culinária Brasileira
Palestrante: Olivier Anquier
18h - Degustação orientada: Café
Profissional: Ensei Neto
Cozinha Show: Di Parma
19h - Degustação orientada: Azeite
Profissional: Paulo Freitas
Cozinha Show: El Pancho
20h - Degustação orientada: Vinhos
Personal Vinhos
Cozinha Show: Fernando Mack - Mahalo
Cerveja
Para cervejólogo, Rodrigo Campos até pouco tempo o universo da cerveja para o brasileiro se resumia a praticamente um único tipo de cerveja. A Pilsen popular nas mesas de bares era a única opção para quem bebia uma cerveja. Nos últimos anos foi possível acompanhar a chegada de muitas novas opções no mercado. “São tantos tipos de cerveja, você apenas ainda não encontrou o que você gosta. O importante é experimentar”, disse.
Rodrigo explicou que dentre os mais de cem de estilos de cerveja, existem aquelas que terão realmente muitos atributos de aroma e sabor, mas ainda teremos aquela cerveja mais leve, aquela comum para ser bebida com amigos. Nesse caso a cerveja é feita para refrescar mesmo, para ser consumida despretensiosamente. Nem toda cerveja precisa ser degustada, mas com certeza deve ser apreciada com aquilo que ele tem de melhor para te oferecer.
Um ponto destacado pelo cervejólogo é a temperatura de uma cerveja, que segundo ele influência a experiência de degustação, já que ela pode alterar o bom funcionamento dos receptores gustativos da língua. “Temperaturas baixas permitem que cervejas fracas como as Pale Lagers sejam apreciadas por seu frescor, enquanto temperaturas mais quentes permitem que os sabores e aromas mais complexos de uma Ale sejam percebidos. Existe, porém uma regra errada de que a melhor cerveja é sempre a mais gelada, o que não é correto”.
Para o empresário, Fabio Alex o curso mudou o conceito dele em relação a cerveja. “Para mim cerveja boa era aquela estupidamente gelada e quanto mais amarga melhor. E eu vi com a degustação orientada que não é assim. Hoje entendi mais sobre a cor da cerveja, o aroma, o sabor e a partir de agora quero mais qualidade, quero saber mais sobre cerveja”, comentou.
Cachaça
Segundo chef e cachacier (sommelier de cachaças), Mauricio Maia a história da cachaça caminha junto com a história do Brasil. “Ela é tema frequente na música, teatro e literatura brasileira. E hoje a cachaça se iguala aos melhores destilados do mundo e é a terceira bebida destilada mais consumida no mundo”, afirmou.
O cachacier explicou que apesar de branquinha ser um de seus apelidos mais famosos, a cachaça pode apresentar tons diversos, que vão do transparente ao marrom escuro, o que indica que a bebida foi envelhecida em um barril de madeira. Cada tipo de madeira dá à cachaça uma coloração específica. Por ser envelhecida em diversas madeiras da flora brasileira (já existem mais de 36 catalogadas), à cachaça são conferidos cor, aroma e sabor diferentes. “Quanto mais dura for a madeira, menor vai ser a troca entre ela e a cachaça. E, quanto mais porosa, maior e mais rápida a troca”, afirma Maurício Maia. As madeiras mais comuns são a umburana e o carvalho. “A primeira dá à cachaça um gosto leve e adocicado, e a segunda, um sabor maltado, que lembra o uísque”, disse.
Mauricio ainda comentou que há quem diga que a versatilidade da bebida é seu maior trunfo: aquece no frio e refresca no calor. “É possível bebê-la também com pedras de gelo. Com cuidado para que ela não gele demais, nem fique aguada com o derretimento do gelo”, ensinou.
O cachacier ainda encerrou sua fala dizendo que uma boa cachaça tem aroma suave e sabor agradável, que envolvem os aspectos frutado, alcóolico, acido e ardência. A pungência ou ardência verificada da cachaça não deve ser acentuada a ponto de irritar nariz, boca e garganta é preciso equilíbrio. “E um ponto importante é não dar ressaca”, brincou.
Para o empresário, Jaime Okamura foi uma noite interessante para aprender sobre uma bebida que ele não tem costume de beber. “Beber é uma coisa e degustar é uma experiência diferente, porque parei para apreciar o aroma, o cheiro, a cor. A partir de agora vou prestar mais atenção nisso”, afirmou.
Vinho
Já a Degustação dos Vinhos foi comandada pela dupla Jachson Slaviero, da Personal Vinhos e Paulo José Marques Pereira, da Casa Valduga, que pontuaram que a informação sobre os vinhos desperta os nossos sentidos, e aguça nossa percepção. “Conhecer a história de um vinho, saber quanto tempo de maturação, seus elementos, fazem com que o ritual de degustar fique ainda mais especial, mais elaborado”, disse Slaviero.
Jachson ainda complementou que é em eventos como esse que surgem as oportunidades para as pessoas aprenderem que não é tão difícil conhecer vinhos. “Esse é o meu papel, ajudar a simplificar e acabar com os mitos, mostrar que o vinho não é só o tinto ou que não se bebe só no frio ou em restaurantes”, enfatizou.
Durante a degustação Paulo José comentou sobre os vinhos e as harmonizações. "O vinho pode acompanhar hambúrguer, churrasco, sopas e caldos, enfim, tem habilidade de harmonizar com todos os tipos de comida, deixando os alimentos ainda mais saborosos e a ocasião especial", destacou acrescentando que vinho não é uma bebida que só se serve com um grande prato. “Para harmonizar a regra é simples: pratos leves devem acompanhar vinhos leves. Pratos ácidos devem acompanhar vinhos leves e bem frescos. Já os pratos gordurosos e untuosos precisam de vinhos com taninos mais potentes e acidez alta”, pontuou.
Para tecnóloga de alimentos, Franciane Bastos a degustação enriquece quem participa desses eventos. “Passamos a prestar mais atenção nos sabores a ter uma melhor percepção. Até pela minha área de trabalho é importante estar sempre em contato com o sensorial”, comentou.
Nesta quinta-feira continua a programação do 18º Encontro Regional da Abrasel:
14 de novembro (quinta-feira)
14h – Painel: Gorjeta x Remuneração
Composição da mesa: Paulo Solmucci e Claudia Aquino
Oficina 1: Segurança Alimentar
Oficina 2: Técnicas de retirada de espinha de peixe
Oficina 3: Cortes, sabores e utilização da carne suína
Oficina 4 : Cupcakes
Oficina 5: Engenharia de Cardápio
16h – Oficina 1: Segurança Alimentar
Oficina 4 : Cupcakes
Cozinha Show: Ki-Nutre
16h30 – Palestra: O Restaurante na visão 360°
Palestrante: Ariani Malouf
17h - Cozinha Show: Haru
17h30 – Palestra: 10 anos de Viagem em busca da Culinária Brasileira
Palestrante: Olivier Anquier
18h - Degustação orientada: Café
Profissional: Ensei Neto
Cozinha Show: Di Parma
19h - Degustação orientada: Azeite
Profissional: Paulo Freitas
Cozinha Show: El Pancho
20h - Degustação orientada: Vinhos
Personal Vinhos
Cozinha Show: Fernando Mack - Mahalo
Fonte:
Assessoria
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/3967/visualizar/
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