O balanço anterior informava sobre 50 mortos e dezenas de feridos no atentado cometido por um suicida, que detonou seus explosivos em meio às tropas que preparavam na praça Sabiin o desfile comemorativo pelo 22º aniversário da unificação do Iêmen. O homem estaria disfarçado em meio aos militares, usando um uniforme.
Policiais investigam o local do atentado em Sanaa (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)
O ministro da Defesa, Mohamed Naser Ahmad, e o chefe do Estado Maior, Ali al-Ashual, que que estavam no local quando ocorreu a explosão, saíram ilesos, segundo informou o Ministério da Defesa em um comunicado.
A polícia cercou os arredores, por onde permaneciam corpos de vítimas e uma grande mancha negra onde a bomba explodiu.
Al-Qaeda
Um oficial da polícia, o general Hamid Besher, indicou à Efe que as primeiras investigações apontam que a al-Qaeda esteja por trás do atentado, que tem indícios similares a outros ataques levados a cabo pelo grupo.
Este atentado coincide com o desenrolar de uma grande ofensiva militar em parceria EUA-Iêmen no sul do país, iniciada no último dia 12 contra os redutos da al-Qaeda na província de Abian.
Membro do esquadrão antibombas chega ao local do atentado suicida em Sanaa (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)
Na última semana, dezenas de pessoas, entre militares e supostos combatentes, perderam a vida nos combates.
A atividade da al-Qaeda aumentou no Iêmen desde que há mais de um ano explodiu a revolta popular contra o regime de Ali Abdullah Saleh, cuja saída definitiva do poder aconteceu no final de fevereiro passado com a posse de Hadi, que até então tinha sido seu vice-presidente.
O Iêmen é a casa da Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) e é considerado pelos Estados Unidos uma grande ameaça, não apenas para a segurança da região mas também para a sua própria proteção. Um instrutor militar dos EUA ficou ferido em um ataque a uma equipe militar norte-americana no domingo (20).
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