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Internacional
Segunda - 21 de Maio de 2012 às 15:46

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A rede terrorista al-Qaeda na Península Arábica reivindicou a autoria do atentado cometido nesta segunda-feira (21) nos ensaios de um desfile militar na cidade de Sanaa, no Iêmen, no qual morreram ao menos 90 pessoas, segundo dados oficiais.

Em comunicado, o grupo terrorista disse que o objetivo da operação era assassinar o ministro de Defesa, Mohammed Nasser Ahmad, que estava no local da explosão e saiu ileso. O ataque foi em resposta a uma ofensiva militar de parceria entre Iêmen e EUA contra uma região dominada pela al-Qaeda, no sul do país.

O número de mortos registrado após o atentado suicida na capital do Iêmen foi a 90, informou o Ministério da Defesa, afirmando ainda que os feridos somavam 222 pessoas.

O atentado foi cometido por um suicida, que detonou seus explosivos em meio às tropas que preparavam na praça Sabiin o desfile comemorativo pelo 22º aniversário da unificação do Iêmen. O homem estaria disfarçado em meio aos militares, usando um uniforme.

Policiais investigam o local do atentado em sanaa (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)

Policiais investigam o local do atentado em Sanaa (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)

O ministro da Defesa, Mohamed Naser Ahmad, e o chefe do Estado Maior, Ali al-Ashual, que estavam no local quando ocorreu a explosão, saíram ilesos, segundo informou o Ministério da Defesa em um comunicado.

A polícia cercou os arredores, por onde permaneciam corpos de vítimas e uma grande mancha negra onde a bomba explodiu.

Al-Qaeda
Um oficial da polícia, o general Hamid Besher, já havia indicado que as primeiras investigações apontavam a autoria da al-Qaeda. O atentado tem indícios similares a outros ataques levados a cabo pelo grupo.

A explosão coincidiu com o desenrolar de uma grande ofensiva militar em parceria EUA-Iêmen no sul do país, iniciada no último dia 12 contra os redutos da al-Qaeda na província de Abian.

Membro do esquadrão antibombas chega ao local do atentado suicida (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)

Membro do esquadrão antibombas chega ao local do atentado suicida em Sanaa (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)

Na última semana, dezenas de pessoas, entre militares e supostos combatentes, perderam a vida nos combates.

A atividade da al-Qaeda aumentou no Iêmen desde que há mais de um ano explodiu a revolta popular contra o regime de Ali Abdullah Saleh, cuja saída definitiva do poder aconteceu no final de fevereiro passado com a posse de Hadi, que até então tinha sido seu vice-presidente.

O Iêmen é a casa da Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) e é considerado pelos Estados Unidos uma grande ameaça, não apenas para a segurança da região mas também para a sua própria proteção. Um instrutor militar dos EUA ficou ferido em um ataque a uma equipe militar norte-americana no domingo (20).

Local da explosão é visto pouco depois do atentado, em imagem retirada de vídeo da TV local (Foto: Reuters/Yemen TV)

Local da explosão é visto pouco depois do atentado, em imagem retirada de vídeo da TV local (Foto: Reuters/Yemen TV)

 
Imagem forte (Foto: Editoria de Arte/ G1)
Restos humanos são vistos ao redor de policiais forenses na via de Sanaa, capital iemenita (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)

Restos humanos são vistos ao redor de policiais forenses na via de Sanaa, capital iemenita (Foto: Khaled Abdullah/Reuters)





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