O presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré, agredido nesta segunda-feira (21) por manifestantes, saiu do hospital após uma bateria de exames que não revelaram qualquer "lesão grave", informou à France Presse uma fonte médica.
Os exames "revelaram que não há qualquer lesão grave", declarou o médico encarregado. Traoré recebeu alta e foi levado para um local "seguro".
A agressão ocorreu no escritório do presidente em Koulouba, na região da capital, em meio a uma manifestação de organizações favoráveis ao golpe militar de 22 de março passado, que derrubou o presidente Amadou Toumani Touré.
Segundo testemunhas, Traoré foi agredido por numerosos manifestantes, apesar da presença de quase 100 guardas. O grupo invadiu o gabinete de trabalho do presidente interino, situado próximo ao Palácio Presidencial, vazio desde o golpe militar.
O Mali tem enfrentado dificuldades após um golpe de Estado e uma rebelião subsequente no norte do país, situado no deserto do Saara. O chefe da junta militar que tomou o poder, Amodou Haya Sanogo, havia concordado no fim de semana em retirar as objeções à permanência de Traoré no poder por um ano, mas a multidão foi para as ruas na segunda-feira pedindo a saída dele.
A solução da crise política na capital Bamaco é um pré-requisito para a obtenção de ajuda estrangeira nos esforços de retomar o controle do norte, agora sob o controle de separatistas e rebeldes islâmicos, incluindo alguns combatentes da Al-Qaeda.
Comentários