Cruzamentos entre cachorros que aconteceram por centenas de anos fez com que se tornasse extremamente difícil traçar as raízes genéticas das raças atuais. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade Durham, publicado nesta segunda-feira (21), na revista científica “PNAS”, da Academia Americana de Ciências.
Um grupo internacional de cientistas cruzou dados genéticos de 1.375 cachorros, de 35 raças, com dados genéticos de animais centenários e constatou que as raças modernas têm a genética pouco em comum com seus ancestrais. Esses dados também foram cruzados com uma espécie de lobo, a qual estudos anteriores sugeriram que os cachorros eram descendentes.
Embora muitas raças modernas se pareçam com outras de tempos mais remotos, os cruzamentos realizados por centenas de anos mostraram que não há mais como rotular os animais com seus ancestrais, afirmam os pesquisadores.
O estudo mostrou ainda que raças como Akita, Shar-pei chinês e Galgo Afegão, que já tinham sido classificadas como típicas ancestrais, não têm proximidade com os primeiros cães domesticados devido aos efeitos de vários cruzamentos.
O estudo também procurou compreender quando e como os cães foram domesticados, mas sem conseguir respostas conclusivas.
"Tanto a aparência e o comportamento das raças modernas seria profundamente estranho aos nossos antepassados que viveram apenas algumas centenas de anos atrás. E, até agora, estudando as raças modernas, ainda não nos permitiu entender como, onde e quando os cães e os seres humanos começaram esse relacionamento maravilhoso", afirma Greger Larson, biólogo da Universidade de Durham e autor do estudo.
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