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Política
Terça - 22 de Maio de 2012 às 01:29

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O  promotor Gustavo Fantini desistiu de sustentar a acusação contra dois homens suspeitos de duplo homicídio por falta de provas técnicas elementares no inquérito policial em Minas Gerais. Fantini também é o responsável pela denúncia do caso do goleiro Bruno.

Os réus foram absolvidos e postos em liberdade pelo juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes, que presidiu a sessão, ocorrida no 2ë Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

Os dois homens, um deles ex-policial militar, são suspeitos de integrar gangue ligada ao tráfico de drogas em São José da Lapa (38 km de Belo Horizonte). Eles estavam presos sob suspeita de matar dois integrantes de uma gangue rival. Por causa dessa rixa, o julgamento foi transferido para BH.

Após o interrogatório dos réus, Fantini se dirigiu aos jurados e explicou sua decisão. Segundo a assessoria do Fórum Lafayette, de BH, o promotor argumentou que não houve testemunhas presenciais dos crimes e que nem mesmo o laudo de necropsia ou o exame de balística foram anexados ao processo.

Ele alegou também que os acusados foram indiciados com base em depoimentos de testemunhas que "ouviram dizer" que eles eram os culpados.

"Manifestando a sua tristeza por pedir a absolvição dos réus, o promotor lamentou que, com tantos recursos científicos disponíveis atualmente na polícia, o processo não tivesse provas técnicas ou mesmo depoimentos que assegurassem a participação dos acusados nos crimes", informou o fórum.

OUTRO LADO

A assessoria da Polícia Civil de Minas foi procurada pela reportagem no final da tarde desta segunda-feira para explicar a investigação sobre o duplo homicídio e informou que, devido ao horário, só poderá ter acesso ao inquérito que investigou o caso na terça-feira (22).

CASO BRUNO

Fantini é o principal promotor do caso do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que está preso sob a acusação de sequestro da morte e Eliza Samudio. O corpo dela nunca foi encontrado.

A principal prova do crime é o sangue de Eliza em um carro do goleiro e objetos da modelo e de seu filho encontrados no sítio do jogador (na região metropolitana de BH), alguns parcialmente destruídos.

O depoimento dado à polícia do Rio de Janeiro por um primo adolescente do goleiro Bruno --depois negado pelo menor, que cumpre medida socioeducativa por envolvimento no crime-- foi fundamental para a polícia conduzir o inquérito e para o Ministério Público apresentar a denúncia.
 






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