Itaú diz que pode rever para baixo crescimento do crédito
O crescimento da oferta de crédito neste ano pode ficar mais perto de 14% do que 17%, disse o diretor corporativo de controladoria do Itaú, Rogério Calderón. A estimativa do banco é a menor entre quatro grandes bancos que participaram hoje do Rio Invertors Day: Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander.
Segundo Calderón, a previsão reflete o fraco crescimento da economia no primeiro trimestre. Para atingir uma alta maior, a economia teria que crescer por mês o que cresceu em todo o trimestre, avaliou.
"Ainda não altertamos o guidance [projeção] porque achamos possível a recuperação. 14% é possível atingir, mas 17% é bem mais difíil", disse o executivo.
Já o rival Bradesco prevê que o crescimento de crédito neste ano fique entre 18% e 22%, "mais perto de 18%", disse o diretor executivo do banco, Luiz Carlos Angelotti. "Já prevíamos um crescimento mais lento no primeiro semestre, mas a expectativa é que no segundo semestre seja mais forte", disse Angelotti.
Mais otimista, o Banco do Brasil projeta que o crédito este ano vai aumentar de 18% a 20%, e que pode inclusive rever esse número para cima.
"É claro que apesar da economia robusta, o Brasil pode sofrer impacto externo, mas acredito que a nossa porjeção se mantém e pode até aumentar se houver alguma surpresa econômica", avaliou Osvaldo Cervi, diretor de mercado de capitais do BB.
O Santander trabalha com crescimento de crédito de 16%, "a média do mercado", disse o vice presidente financeiro do banco no Brasil, Carlos Galán.
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