De acordo com a professora Maria Thereza Azevedo, coordenadora do Programa de Pós Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea da UFMT, o “Coletivo à deriva”, cuja marca é a sombrinha, atua em Cuiabá com intervenções urbanas, mesclando ações como dança, artes visuais, literatura e música. “A intervenção urbana instiga a participação e a convivência, provoca uma reflexão sobre esses espaços”, revelou a professora.
Larissa Freire participou do passeio de sombrinhas pelo centro da cidade de Cuiabá e revelou que ao caminhar entre as pessoas e os carros no trânsito, foi possível sentir outros aspectos da cidade. “A gente sente a cidade de outras perspectivas e observa os micros detalhes, tanto o lado positivo, como o lado negativo do ambiente. Foi muito agradável o passeio”, relatou a artista plástica.
O aluno de mestrado da UFMT, Alan Mantilha ressaltou que a intervenção não se resume somente a um protesto. “Você sai do cotidiano para ter um olhar diferente. No passeio é possível notar a ausência das sombras e notar que a estética é diferente no local. Ela muda a maneira como as pessoas veem aquela manifestação silenciosa, mas visualmente diferente”, afirmou.
O projeto “Coletiva à deriva” foi idealizado pelo grupo de alunos e professores, que com as caminhadas, observam os locais e levam para universidade assuntos para serem pesquisados como por exemplo a cultura em cada lugar, as melhorias que podem ser feitas em determinados pontos, bem como a mobilidade urbana para as pessoas. “A cidade vira um grande laboratório para os alunos que observam atentamente os personagens que compõem os centros urbanos”, explicou Maria Thereza.
Conforme informou a equipe de estudos, essas intervenções começaram no campus da universidade com o intuito de reivindicar mais espaços como sombras, para os alunos caminharem em um ambiente mais agradável.
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