Gaby Amarantos diz invejar figurino de Chayene
Ela está com tudo e não está prosa. Também, com uma música de sucesso na abertura de "Cheias de Charme" (Globo), um recém-lançado CD muito bem recebido pela crítica especializada e sucesso absoluto na "Dança dos Famosos 2012", do "Faustão", Gaby Amarantos, 33, não podia estar em outro lugar senão nas nuvens.
Com 17 anos de carreira e cerca de 15 shows por mês, Gaby revelou ao "F5" seu lado noveleiro, falou sobre o preconceito contra o brega e o assédio da "macharada".
Leia abaixo os principais trechos:
"F5" - O que você está achando da novela?
Gaby Amarantos - Sensacional. Estou feliz com esse tom que a Cláudia [Abreu] está dando para a Chayene. Taís [Araújo] e Isabelle [Drummond] também. A Leandra [Leal] me surpreendeu muito cantando. E a Titi [Titina Medeiros] está fantástica como a Socorro. Sempre quando eu posso eu assisto.
Mas você é noveleira?
Sou muito noveleira. Tenho figurino por causa de novelas. Eu tinha uma roupa da viúva Porcina [famoso personagem de Regina Duarte em "Roque Santeiro"], de "Vamp", "Explode Coração"...
E vai usar o da Chayene?
Já falei pra Gogóia [Sampaio, que assina o figurino] abrir o guarda-roupa pra mim [risos].
E você não vai aparecer na novela?
Sim, mas será bem mais pra frente. A Denise [Saraceni, diretora de núcleo] disse que tem uma cena pra mim, mas eu estou fazendo "Dança dos Famosos", viajando muito, então achamos melhor deixar mais pra frente.
Você tem 17 anos de carreira, mas só agora lançou o primeiro álbum, o "Treme". Fala um pouco sobre ele
Há cinco anos eu e Miranda [Carlos Eduardo, produtor musical] começamos a conversar sobre o "Treme", mas a produção mesmo do álbum começou há dois anos. Essa demora é normal mesmo. O disco está muito bem produzido. Tive que aprender a me controlar porque estou acostumada a fazer uma música e gravar no dia seguinte.
Muita gente critica o brega, acha que estão dando muito espaço pra esse tipo de música. Como você enxerga isso?
[O brega] é uma das músicas mais brasileiras. Isso sim é popular. É uma música que tem ironia, inteligência, porque rimar "Mai love" com "Um e 99" é coisa de gênio. Minha missão e a do "Treme" é mostrar que temos que acabar com o preconceito musical. É uma música simples e que tem conteúdo e sofisticação. E o "Treme" não é brega, é música paraense.
Pensou em desistir de cantar por causa de críticas, de preconceito?
De jeito nenhum. Meu trabalho é muito bem aceito. Não sinto o mínimo de preconceito. As pessoas que acham que existe. Estou sendo muito bem recebida.
Você tem uma versão muito bacana pra "Águas de Março". Pretende resgatar mais essas músicas da MPB?
Eu sinto muita necessidade de resgatar mais. Minha missão como artista da nova geração é pegar um Ary Barroso, Assis Valente, e regravar. Tem tanta gente boa no Brasil. Essa modinha de gravar Caetano, Chico, é um saco sem tamanho. Quero muito poder dar essa contribuição de gravar a galera que está desconhecida. Estou com muito tesão na música brasileira.
Você é muito cantada, existe muito assédio?
Acho que sou um padrão de mulher brasileira. A mulherada diz que se enxerga em mim, que eu tenho a cara do Brasil. E a macharada diz que sou a mais gostosa. E eu tô adorando isso tudo.
E o que você achou da sua participação na "Dança dos Famosos"?
Nunca senti tanto nervosismo em toda minha vida. É diferente de dançar no palco. Muita gente achou que eu ia sair de cara porque sou gordinha, mas a repercussão está sendo incrível. Estou apaixonada.
Como consegue conciliar toda essa correria com o filho Davi [de três anos]?
Ele é a minha força. Penso que tenho que fazer tudo isso porque tenho ele, e também minha família, que precisa de mim.
Pretende ter mais?
Quero, mas com um pai. Ser mãe solteira não e fácil. Ainda bem que ele é muito feliz.
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