IBGE: 4,7% das vias urbanas do País têm rampas para cadeirantes
Levantamento do Censo 2010 mostra que o Brasil segue muito atrasado no quesito acessibilidade. Somente 4,7% das vias urbanas contam com rampas para cadeirantes, aponta levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que investigou as condições no entorno das residências em áreas urbanizadas.
As situações mais críticas foram observadas nas regiões Norte e Nordeste. Nessas áreas, 1,6% dos domicílios urbanos têm rampas para cadeirantes em seus entornos. No Sudeste, essa proporção chega a 5%. Já nas regiões Centro-Oeste e Sul, 7,8% das vias ao redor das casas apresentam acesso adequado para deficientes físicos.
Separando-se cidades com mais de 1 milhão de habitantes, Porto Alegre é a que tem maior acessibilidade entre as grandes metrópoles. A capital gaúcha tem 23,3% dos domicílios com rampas para cadeirantes no entorno. Brasília tem 16,5% das casas com acesso para cadeirantes nas proximidades. Já em Curitiba, essa proporção fica em 12,6%.
As duas maiores cidades do País têm números mais tímidos ainda. São Paulo tem 9,2% das casas com ruas próximas com rampas adequadas para cadeirantes. No Rio, são 8,9% dos domicílios com característica semelhante.
O IBGE pesquisou se uma calçada tinha rampa para dar acesso específico a pessoas que utilizam cadeiras de rodas. Não foram consideradas rampas para acesso de veículos.
As grandes cidades do Nordeste apresentam o pior nível de acessibilidade. Fortaleza é a lanterna nesse ranking, com 1,6% dos domicílios com rampas de acesso para quem usa cadeira de rodas nas ruas no entorno, superada por São Luís (1,9%) e Salvador (2,2%).
O levantamento do Censo 2010 indica que 84,4% da população brasileira vivem em áreas urbanas. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira, mapeou 96,9% dos domicílios situados nessas regiões.
Dos 47,2 milhões de domicílios pesquisados, 34,2 milhões são ocupados por moradores próprios, e outros 10 milhões por pessoas que alugaram o imóvel.
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