O suposto corpo da jovem foi localizado enterrado no meio da mata, próximo a uma estrada de chão, na região da chamada Ponte de Ferro, no Distrito do Coxipó do Ouro em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, o corpo estava em uma cova rasa. A ossada foi recolhida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), que fará exames para constatar a causa da morte e confirmar a identidade da jovem.
As investigações comandadas pela delegada da Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), Anaide Barros, prenderam oito suspeitos por envolvimento no crime. As prisões foram decretadas pela Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá. “Até então, a polícia trabalha com a hipótese de ciúmes ou alguma chantagem que a garota estaria fazendo”, disse a delegada.
A polícia prendeu um empresário de 38 anos, que era namorado da menor, e a ex-esposa dele temporariamente (30 dias) como suspeitos de serem os “mentores crime”. Segundo a delegada, o crime foi cometido com muita premeditação e teria sido motivado por ciúmes. “O empresário armou uma cilada para ela. Tudo foi premeditado”, declarou.
Também foram presos dois homens por suspeita de serem os executores do homicídio. Segundo a polícia, um deles matou a adolescente asfixiada com um pano na boca e transportou o corpo da vitima com a ajuda de um comparsa até a região de Coxipó do Ouro, utilizando o próprio carro, um veículo Gol, que já vendeu.
Ainda conforme a polícia, foram presas outras quatro pessoas que tinham conhecimento do crime, entre os suspeitos estão o filho do empresário e a enteada do executor do crime.
Quebra de sigilo telefônico
A adolescente Maiana Vilela Mariano desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, depois descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá. Desde seu sumiço a Polícia Civil ouviu dezenas de pessoas que tiveram contato com a jovem, analisou imagens de circuitos de segurança, pediu quebra de sigilo telefônico e por último monitorava os suspeitos de terem assassinado a garota.
Conforme as investigações, na tarde do dia 21 de dezembro o empresário pediu para a adolescente levar R$ 400 para o caseiro da chácara da família, na região do Altos da Glória. Mas na verdade quem estava aguardando a menina era o suspeito de ser o assassino e não o caseiro. Usando um pedaço de pano, conforme a polícia, o suspeito asfixiou a adolescente ainda na chácara e depois ocultou o corpo.
A motocicleta rosa da adolescente teria ficado com o comparsa que ajudou a transportar o corpo como pagamento pela ajuda. Ele também teria ficado com R$ 200 dos R$ 400 que estavam com a menina. A moto, segundo o preso, foi desmanchada.
Para a operação foram mobilizados cerca de 50 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães, sendo duas equipes de policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), da Capital, com apoio do Corpo de Bombeiros, peritos e legistas da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
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