Para saber se os usuários aprovam ou não a apresentação visual de um site, é necessário fazer alguns testes, observar como é a interação com a página, se é possível "decifrá-la" facilmente, gostar de navegar por ela. Essa é a especialidade da Bolt | Peters, empresa que o Facebook adquiriu nesta quinta-feira, de acordo com o TechCrunch.
A companhia de análise de experiência do usuário (UX, na sigla em inglês) funcionava há dez anos e tinha seis funcionários, que agora vão trabalhar com a equipe de design da maior rede social do mundo. Como o software criado pela B|P para análise de UX, o Ethnio, vai continuar existindo fora do Facebook - uma nova empresa foi criada para oferecê-lo a clientes-, a compra está sendo classificada como "aqui-contratação" (aqui-hire), um neologismo para quando a aquisição de uma empresa é motivada pelo interesse em seus funcionários, mais do que pelo produto ou serviço com que trabalha.
Até agora, o Facebook testava suas mudanças com pequenos grupos de usuários, habilitando as novas funções através do sistema Gatekeeper. A tecnologia registrava o que estava sendo usado, com que frequência, se alterava o tempo de permanência no site, entre outras estatísticas. O que o conhecimento da B|P pode oferecer para melhorar o processo é ponderar fatores emocionai e contextuais que interferem nos números. O Feed de Notícias do Facebook, por exemplo, foi inicialmente odiado pelos usuários, mas paradoxalmente foi massivamente adotado por eles e, no fim, obteve sucesso.
Entre os 238 projetos que a B|P atendeu na última década estão iniciativas de marcas como Sony, HP, EA, Volkswagen e Washington Post. "Quero mencionar que a decisão (de vender a companhia para o Facebook) não foi fácil. Nossos clientes, colegas, funcionários e consultores são simplesmente demais. São nossos parceiros. São nossos amigos. O nosso sincero "muito obrigado"", escreveu Nate Bolt, cofundador da empresa, no post de blog que anuncia a compra.
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