Para quem vive na Terra, no conforto da luz e do calor do Sol, é difícil imaginar um planeta que não gire ao redor de uma estrela. Mas os planetas “nômades” existem, segundo um estudo publicado pela revista científica “Monthly Notices of the Royal Astonomical Society”, e podem ser um fenômeno bastante comum.
O artigo estima que haja até 100 mil desses corpos celestes para cada estrela da Via Láctea. Como há entre 200 bilhões e 400 bilhões de estrelas na galáxia, o número de planetas “nômades” pode chegar à casa dos quatrilhões.
Com tantos planetas do tipo na galáxia, os cientistas afirmam que eles teriam um papel importante na dinâmica da Via Láctea. Eles poderiam, por exemplo, ser uma forma de transportar vida, mesmo sem a luz e o calor de uma estrela próxima.
“Se a Terra como é hoje se tornar um planeta nômade, a vida na Terra não vai acabar”, afirmou Dimitar Sasselov, professor de Astronomia na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
“Isso nós sabemos. Não é especulação nesse ponto. Já identificaram um grande número de micróbios e até dois tipos de nematódeos (vermes) que sobrevivem inteiramente do calor que vem de dentro da Terra”, apontou o pesquisador.
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