Luise Wischermann e o filho, Oliver (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
O último dia das mães da ex-paquita Luise Wischermann foi triste como os anteriores. Longe do filho, Oliver, de cinco anos, que mora no Canadá com o pai, ela viu o pequeno abrir seu presente via internet. “Tentei não demonstrar minha tristeza, mas não consegui e chorei muito”, disse Luise ao EGO, inconformada com a falta de apoio do governo brasileiro em relação ao caso. “Já mandei diversas cartas às autoridades brasileiras, e me respondem que vão ver o que podem articular, mas nada fazem.”
Luise luta pela guarda de Oliver desde que voltou para o Brasil em 2010 para tratar de uma esclerose múltipla (doença que afeta a coordenação motora), após 18 anos morando no exterior. O filho ficou com o ex-marido de Luise, que é canadense. No momento, o menino mora com o pai e passa as férias com a mãe, no Brasil.
“Vejo meu filho de oito em oito semanas. Agora vou buscá-lo no dia 12 de junho, e ele vai passar dez semanas comigo. Mas eu sou a mãe, deveria ser o contrário, ele morar comigo e passar férias com o pai”, diz a ex-paquita que, apesar de ter esgotado seus recursos financeiros com o processo na justiça, não desistiu de lutar. “É muito difícil, ele é meu filho, saiu de mim. Não vou deixar de tentar.”
A ex-paquita Luise Wischermann
(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
A ex-paquita se revolta quando ouve comparações com o caso do menino Sean Goldman, que após quase três anos de disputas judiciais entre Brasil e Estados Unidos, acabou ficando com o pai. “As pessoas dizem que vai ser difícil eu ficar com meu filho. Mas a mãe do Sean morreu, eu estou viva.”
Luise também rebate as acusações de que, por conta da doença, não teria condições de cuidar do menino. “Isso não me impede, pelo contrário. Minha saúde fica melhor quando ele está do meu lado.” A ex-paquita continua fazendo tratamentos com vitamina D, além de ioga, hidroginástica e shiatsu. “Estou me sentindo bem, quem me vê caminhando não diz que tenho esclerose múltipla."
Luise está ainda tentando auxílio para viabilizar seu programa de entrevistas com pessoas com deficiências. Luise tem feito os vídeos por conta própria, que são aos poucos publicados no blog da ex-paquita. “Queria ajuda de uma produtora e de uma emissora de TV para poder rodar o Brasil mostrando histórias de superação. Tenho certeza de que tenho uma missão na Terra: ajudar essas pessoas.”
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