Segundo a oposição, os ataques à província central de Homs foram efetuados pelo regime de Bashar al-Assad. Ban e Annan "condenam nos termos mais firmes a morte, confirmada pelos observadores da ONU, de dezenas de homens, mulheres e crianças" em Hula, indicou Martin Nesirky, porta-voz do secretário-geral.
Comunicado da ONU
A ONU considerou as mortes uma "tragédia brutal" e informou em comunicado a contagem dos mortos. "Esta manhã, observadores militares e civis da ONU contaram os corpos de 32 crianças e mais de 60 adultos. Esta é uma tragédia brutal," disse o chefe da missão de "capacetes azuis" na Síria, o general Robert Mood, em comunicado.
Corpos de vítimas dos ataques nas últimas 24 horas são vistos em Houla (Foto: Reuters/Shaam News Network)
O mediador de paz da ONU Kofi Annan planeja viajar a Damasco na noite de domingo (27), para avaliar pela segunda vez o acordo assinado há mais de um mês entre as partes prevendo um cessar-fogo, que tem sido sistematicamente violado. Annan deve se reunir com o presidente do país Bashar al-Assad e figuras da oposição no país árabe.
Resposta internacional
Além da França, que já havia exigido ação sobre o plano de paz da Síria na manhã deste sábado (26), o Reino Unido também apelou a uma "resposta internacional forte" em relação à Síria. O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, exigiu neste sábado uma "resposta internacional forte" para o "massacre" de Hula e anunciou a intenção de solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Nós começamos consultas urgentes com os nossos aliados, tendo em vista uma resposta internacional forte", disse o chefe da diplomacia britânica em comunicado. "Vamos pedir uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU nos próximos dias", disse ele.
Rebeldes sírios pedem que ONU anuncie fracasso de plano de paz
Os rebeldes Exército Sírio Livre (ESL, formado principalmente por desertores) pediram ao Conselho de Segurança da ONU para anunciar o fracasso do plano de paz do mediador Kofi Annan. "Nós pedimos ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional que tomem sua responsabilidade e anunciem o fracasso da iniciativa de Annan", diz o ESL, em um comunicado.
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