O candidato que obteve a maioria dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais do Egito, o islamita Mohammed Mursi, propôs neste sábado a formação de uma frente nacional "para encarar os remanescentes do antigo regime".
Em seu primeiro discurso à imprensa desde a realização do pleito na quarta e na quinta-feira, Mursi assegurou que "nas próximas horas haverá notícias sobre a formação de uma frente nacional contra os restos do regime" de Hosni Mubarak, deposto em fevereiro de 2011.
Sem mencionar nomes em uma só ocasião, Mursi fazia alusão a seu provável oponente no segundo turno das eleições, Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro de Mubarak.
Mursi se reuniu neste sábado com representantes de outros partidos egípcios em um encontro para obter apoios para o segundo turno, mas os candidatos derrotados nas presidenciais negaram o convite. "Analisamos com as outras forças do país os meios para libertar-nos dos restos do antigo regime. Estamos de acordo em como poder acabar com esses remanescentes da corrupção", salientou Mursi.
Além disso, anunciou que o próximo Executivo do país "estará constituído por uma coalizão nacional de forças patrióticas". "Hoje nos reunimos com outros partidos políticos porque temos um só objetivo e destino. Abordamos como podemos chegar a um acordo para a estabilidade, o desenvolvimento e a democracia", assinalou.
Da mesma forma, prometeu que não será o presidente dos Irmãos Muçulmanos, mas de todos os egípcios: "A Presidência será uma instituição e não uma pessoa", concluiu.
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