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Polícia
Segunda - 28 de Maio de 2012 às 03:37

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O ex-deputado distrital Júnior Brunelli (ex-PSC) se apresentou na tarde deste domingo (27) a 5ª Delegacia de Polícia de Brasília.

Ele era considerado foragido desde sexta (25), quando a polícia deflagrou uma operação que resultou na prisão de três pessoas. O grupo, segundo a polícia, é suspeito de desvio de verba pública no Distrito Federal.

Brunelli foi o protagonista do episódio que ficou conhecido como “oração da propina”. O vídeo da oração foi divulgado como parte do suposto escândalo de corrupção conhecido como “mensalão do DEM", que resultou na operação Caixa de Pandora da Polícia Federal e chegou a prender o ex-governador do DF José Roberto Arruda.

O titular da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, Henry Lopes, afirmou que o suposto esquema comandado pelo ex-deputado pode ter desviado R$ 2,6 milhões do governo do Distrito Federal.

Os recursos teriam sido obtidos por meio de seis emendas propostas por ele na Câmara Legislativa em 2009. O dinheiro era destinado a projetos da Associação Monte das Oliveiras voltados para idosos, que não teriam sido executados.

Segundo Lopes, já foi confirmado o desvio de R$ 1,7 milhão, referente a quatro emendas, ocorrido por meio de empresas de fachadas e notas fiscais adulteradas.

Os três presos na sexta são o assessor e um contador de Brunelli e um empresário. O último, segundo o delegado, confessou participação no esquema.

"Ele confirmou que recebeu cheques do Brunelli sob promessa de fechar contratos com o governo. Só que essa promessa nunca se concretizou e ele diz que se sentiu enganado", explicou o delegado.

A operação Hofini, recebeu esse nome em alusão ao sacerdote Hofini, que roubava dízimos e ofertas dos fiéis.

Lopes afirmou que os policiais foram ao apartamento do ex-distrital, localizado no Guará, no começo da manhã de sexta. No local, arrombaram a porta e saíram com computadores, documentos e bens pessoais. Também houve apreensão de papéis em outros seis locais.

Segundo o delegado, os itens podem ser utilizados em um eventual leilão para recuperar os danos aos cofres públicos. Ele afirmou que o quarteto vai responder por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, uso de documento falso e peculato.

Ameaças
De acordo com o delegado, cerca de 20 servidores públicos e pessoas ligadas a Brunelli já prestaram depoimento durante as investigações, iniciadas em 2010 a pedido do Ministério Público.

"Ele pressionava os funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para que os recursos fossem liberados logo. Ligava no telefone pessoal deles", disse. "O motorista diz que foi obrigado a assinar recibos dizendo que participou dos programas ou seria demitido."

Joias e bolsas apreendidas na casa do ex-distrital Júnior Brunelli, que é considerado foragido pela polícia do DF (Foto: Raquel Morais / G1)


Joias e bolsas apreendidas na casa do ex- deputado distrital Júnior Brunelli, que é considerado foragido pela polícia do DF (Foto: Raquel Morais / G1)




Fonte: Do G1 DF

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