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Internacional
Quarta - 08 de Janeiro de 2014 às 08:02

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 A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawtra, descartou hoje (7) a possibilidade de um golpe militar no país para controlar os tumultos no país devido à convocação de eleições marcadas para o dia 2 de fevereiro. De acordo com ela, o Exército entende as repercussões de longo prazo de um possível golpe. Yingluck disse que a melhor solução é a negociação.
 
Anteontem (5), milhares de manifestantes marcharam hoje pelas ruas da capital tailandesa, Bangcoc, para pedir a demissão do governo interino da primeira-ministra e o cancelamento das eleições do próximo mês.
 
Segundo o secretário-geral da premiê, Suranand Vejjajiva, Yingluck e a cúpula militar mantêm contato regular e confiança mútua. Para ele, os militares não considerariam articular um golpe. O chefe do exército, Prayuth Chan-ocha, pediu nesta terça-feira que não haja violência na mobilização convocada para a próxima segunda-feira (13), com greve e bloqueio de vias da capital, Bangcoc.
 
De acordo com Vejjajiva, o governo será responsabilizado caso haja violência. A primeira-ministra pede que o governo insista na prevenção de confrontos entre forças de segurança e a população e que armas não sejam permitidas onde ocorrerão os protestos.
 
A expectativa é que a greve e os bloqueios causem danos à economia tailandesa. Segundo o ex-ministro de Energia e atual membro da equipe econômica do partido Pheu Thai, Pichai Naripthaphan, pelo menos 60 voos internacionais até Bancoc foram cancelados para a próxima segunda-feira e diversos investidores estrangeiros estão realocando suas bases em países vizinhos.
 
A Tailândia passa por uma crise desde outubro de 2013, com milhares de pessoas protestando nas ruas e exigindo a demissão da atual chefe de governo. Os manifestantes acusam o Executivo de corrupção e manipulação pelo irmão da primeira-ministra, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, exilado em Dubai, nos Emirados Árabes. Os protestos iniciados em outubro se intensificaram em novembro com a ocupação de vários ministérios. Cinquenta países manifestaram preocupação em relação à situação no país e pediram que a crise seja solucionada de forma democrática.





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