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Polícia
Terça - 29 de Maio de 2012 às 06:24

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A fabricante Agusta Westlan enviou uma carta a donos e operadores de aeronaves AW119, mesmo modelo do helicóptero da Polícia Civil de Goiás que caiu em Piranhas, sudoeste do estado. No texto, a empresa apresenta novas informações sobre a investigação do acidente aéreo e explica que o motor estava com potência muito baixa ou sem alimentação. A nota, no entanto, afirma que não foi identificada a causa do problema.

Segundo a fabricante, verificou-se que houve queda na rotação da hélice do helicóptero antes do momento do impacto. No entanto, não foram encontradas nos rotores, principal e de cauda, danos pré-existentes que teriam impedido a livre rotação dos sistemas. Na prática, significa que não havia defeitos nas peças que poderia atrapalhar o piloto a fazer uma manobra de pouso de emergência.

Combustível
Para o mecânico e piloto Marcelino Oliveira, o documento levanta a hipótese que faltou combustível para o motor. "Significa que parou de chegar alimentação ou combustível para o motor", explica. Segundo ele, se confirmado, o fato levanta diversas hipóteses: "Tinha combustível ainda? A linha que liga o tanque ao motor foi interrompida, ou quebrou? As duas bombas responsáveis por mandar esse combustível do tanque para o motor entraram em falha?", questionou.

No dia 8 de Abril, o acidente com o helicóptero da Polícia Civil matou cinco delegados, dois peritos e o suspeita da chacina ocorrida em Doverlândia, Aparecido de Souza Alves, 22 anos. O grupo deixou a fazenda onde sete pessoas foram degoladas após a reconstituição do crime, por volta das 15h30. Minutos depois, no município de Piranhas, caiu matando todos os ocupantes.

 

Mapa Doverlândia Piranhas, em Goiás (Foto: Editoria de Arte/G1)

Um dia após a tragédia, o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado, chegou a descartar que teria faltado combustível. "Temos a informação preliminar que havia combustível suficiente", disse Furtado. Apesar de ser proprietária de dois outros helicópteros, a SSP-GO alega que não recebeu a carta da fabricante.

A secretaria arquivou as investigações criminais sobre o acidente. Foi aberto um processo administrativo para averiguar o caso. Os motivos que poderiam ter causado a queda da aeronave estão a cargo apenas dos órgãos federais e o estudo pode levar meses para ser concluído.

A investigação da queda da aeronave está sendo feita pela Agusta em conjunto com as autoridades brasileiras. O Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) preferiu não se pronunciar sobre o documento.
 






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