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Política
Terça - 29 de Maio de 2012 às 16:48

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O senador Pedro Taques (PDT) participou, hoje, da reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para ouvir o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Ele é acusado de quebra de decoro por envolvimento com o esquema criminoso montado por Carlos Augusto Ramos, o "Carlinhos Cachoeira".

Embora não seja membro do Conselho, o mato-grossense frisou que a oitiva subsidiará seu posicionamento na CPI Mista que apura o caso, além da votação do relatório-final do Colegiado que será em Plenário. "Com todo respeito e sem fazer qualquer pré-julgamento, preciso saber a outra parte da história", adiantou Pedro Taques.

Inicialmente, o senador questionou se Demóstenes possuía outras contas ou utilizava terceiros para fazer movimentações financeiras e se utiliza cartão internacional de débito. O questionamento teve como base a citação nas investigações da Polícia Federal dando conta de que o parlamentar teria recebido a quantia R$ 1 milhão do grupo de Cachoeira.

Ainda sobre movimentações financeiras, Pedro Taques questionou se Demóstenes tinha ciência de um depósito da empresa Alberto e Pantoja Construções Ltda. para Bruna Monteiro Bordoni - nomeada no gabinete de Torres, em 2005.

Em seguida Taques perguntou sobre a interceptação em que são mencionados a entrega de "um negocinho" e valor de R$ 20 mil. Tão logo as denúncias do envolvimento de Demóstenes Torres com Cachoeira foram veiculadas, o senador Pedro Taques narrou que procurou o acusado para questioná-lo. Em resposta, Demóstenes teria negado qualquer ligação com Cachoeira. Após tal conversa, o mato-grossense lembra que as demais denúncias foram surgindo. "O senhor acha razoável estes fatos?", questionou Pedro Taques.

Durante mais de duas horas de depoimento, Demóstenes Torres negou envolvimento com o esquema de jogo ilegal e rebateu, entre outras denúncias que pesam contra ele, acusações de que teria trabalhado em favor da legalização de jogos de azar. Demóstenes leu trechos de inquéritos de delegados e procuradores em que afirmam que não tem participação em atividades ilícitas.

A respeito da citação de Mato Grosso no inquérito, Torres negou que tenha participado de qualquer articulação com vistas a se beneficiar em licitação. "Licitação em Mato Grosso? Delírio. Isso se chama delírio", afirmou Demóstenes Torres.






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