Romney vence primária no Texas e garante indicação nos EUA

O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Mitt Romney venceu as primárias do partido no Estado do Texas, nesta terça-feira, e garantiu o número de delegados necessários para ser indicado a concorrer contra o presidente democrata Barack Obama nas eleições de novembro.

De acordo com projeções das emissoras de televisão CNN e ABC, Romney superou os 1.144 delegados necessários para a nomeação na convenção do Partido Republicano, que acontecerá em agosto, em Tampa, na Flórida. A CNN aponta que o candidato chegou a 1.157 delegados após a escolha no Texas.

De acordo com a emissora, o ex-governador de Massachusetts conseguiu 71% dos votos, contra 10% do único concorrente remanescente, o ex-senador Ron Paul, com 49% das urnas apuradas. Em comunicado, entregue à imprensa americana, Romney agradece o apoio dos americanos.
 

	Justin Sullivan/France Presse
	Mitt Romney, em Las Vegas, nesta terça; republicano consegue delegados para ser indicado a eleição

"Nosso partido estará junto com o objetivo de mostrar as falhas dos últimos três anos e meio. Não me iludo acerca das dificuldades da tarefa que enfrentaremos, mas mesmo com o peso dos desafios, nós não vamos nos contentar com menos que trazer de volta o pleno emprego e a prosperidade aos Estados Unidos".

CAMPANHA

Romney era cotado como virtual candidato republicano à Presidência e começou a campanha contra Obama após a saída do ex-senador Rick Santorum, segundo colocado na disputa interna do partido, em 10 de abril. No dia 24 de abril, o ex-presidente da Câmara dos Representantes Newt Gingrich, terceiro, confirmou sua saída.

Durante as primárias, o ex-governador foi duramente criticado por seus adversários, que o consideravam moderado, o que o obrigou a se manifestar sobre temas polêmicos, como o casamento gay e o sistema de saúde proposto pelos democratas, que implementou em Massachusetts.

Com a saída dos adversários, Romney pôde se dedicar ao ataque direto a Obama, focando na política econômica, ponto fraco do atual governo, e nas relações exteriores. O republicano ainda tenta ofensivas para conseguir votos de setores em que a representatividade dos democratas é maior, como os eleitores latinos.

No entanto, enfrentou críticas dos democratas em relação à fortuna que acumulou como investidor no mercado financeiro, especialmente por não ter revelado a declaração de imposto de renda.

O republicano também é questionado sobre a oposição a pacotes que garantiram investimentos e empregos em áreas como a indústria automobilística durante a crise econômica de 2009.